Brasil registra mais de 26 mil assassinatos no 1º semestre do ano; SP tem menor índice
Dados levantados pelo portal G1 mostram que o Brasil registrou mais de 26 mil assassinatos apenas nos primeiros seis meses de 2018. Para chegar ao número consolidado, o relatório contabilizou junto às secretarias de segurança públicas estaduais todos os homicídios dolosos, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte, que, juntos, compõem os chamados crimes violentos letais e intencionais.
A situação mais crítica é encontrada nos estados das regiões Norte e Nordeste do país. Roraima foi a unidade da federação com a maior taxa de homicídios: são 27,7 mortes violentas para cada 100 mil habitantes. Na sequência, estão Rio Grande do Norte, com 27,1, Ceará, com 26, e Acre, com 25. A média do índice no Brasil é de 12,5 assassinatos. Ao todo, houve uma média de 4.350 casos por mês em todo o território nacional.
O deputado federal Ricardo Tripoli (PSDB-SP) classificou o índice como alarmante e apontou os caminhos a serem seguidos para minimizar os números nos próximos meses. “Esse dado realmente preocupa todos os brasileiros. É preciso gestão. Melhores quadros para as polícias civil e militar e implantar inteligência. As câmeras nas cidades, por exemplo, ajudam muito na elucidação de crimes e delitos praticados. Equipamentos para as polícias é muito importante. É preciso vontade política”, analisou.
Seguindo um caminho inverso da maioria das unidades da federação, São Paulo possui o menor índice nacional de assassinatos por habitante. São 3,8 crimes para cada 100 mil residentes do estado, que foi governado por Geraldo Alckmin, atual candidato do PSDB à Presidência da República, nos últimos oito anos. “Alckmin tem muito para fazer com que o Brasil seja um espelho do bom trabalho feito por ele no estado de São Paulo. Foi um trabalho muito bem executado e o Brasil poderá ter um índice muito menor do que o atual”, ressaltou o deputado federal tucano.
Tripoli continuou destacando o bom trabalho feito por Geraldo Alckmin em São Paulo como exemplo a ser seguido nos demais estados do Brasil. “Esse número vem caindo proporcionalmente por lá. Isso demonstra o trabalho que foi implantado. Esperamos que ele, como candidato a presidente do Brasil, reproduza o que ele fez em todo o país. Um trabalho de inteligência, de junção da Polícia Militar e Civil com as metropolitanas”, analisou.
Em seu plano de governo, o candidato tucano reafirma a intenção primordial de combater a criminalidade que se alastra por todo o Brasil, dando atenção às raízes sociais de seu crescimento e à corrupção que a alimenta. Para isso, Alckmin propõe apoiar financeiramente os governos estaduais para a capacitação das forças policiais, modernizando ainda o Sistema Nacional de Inteligência de Segurança Pública.
Para replicar o bom trabalho no setor durante o tempo à frente do governo paulista, Alckmin propõe ainda outras medidas a serem adotadas em âmbito nacional. Entre as principais, estão também a unificação do processo de atuação das polícias de todo o país e a criação do Ministério da Segurança Pública para concentrar as ações a serem tomadas em relação à segurança pública.
Reportagem: Danilo Queiroz