Brasileiros querem mais oportunidades para complementar renda, diz Marinho

Notícias - 18/08/2017

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada esta semana, aponta um recuo no desemprego entre março e junho deste ano. A taxa caiu de 13,7% para 13% durante o trimestre, reduzindo em 690 mil o número de pessoas desocupadas. Essa queda, no entanto, não resultou da criação de vagas formais no mercado de trabalho, mas da expansão da informalidade: a quantidade de trabalhadores sem carteira assinada cresceu 4,3%.

Além disso, o levantamento observou um forte crescimento dos sub-ocupados entre o primeiro e segundo trimestre do ano. Nesse intervalo, cresceu em 571 mil o número de pessoas que trabalham menos de 40 horas semanais, mas que gostariam de trabalhar mais.

Deputado pelo PSDB do Rio Grande do Norte, Rogério Marinho observa que, apesar das especificidades apontadas na pesquisa, a trajetória do emprego no país é ascendente e positiva. O tucano acrescenta que a procura por um segundo trabalho, em busca de mais renda para compensar a crise, é uma possibilidade que se abrirá após a reformulação da legislação trabalhista, e que pode mudar positivamente o mercado de trabalho brasileiro.

“Isso tem muito a ver com a necessidade de reformulação da própria legislação, que aconteceu agora. É uma demonstração cabal de que a jornada de trabalho de 44 horas não é suficiente para um contingente razoável de trabalhadores brasileiros que gostariam de ter a oportunidade de complementar sua renda com outra ocupação. A nova legislação abre essa possibilidade”, disse o tucano.

Na análise por localidade, o instituto constatou que houve queda da taxa de desemprego em todas as regiões do país e em 21 unidades da Federação. Os dados do IBGE também apontam um rendimento médio real estável de R$ 2.104. Para Marinho, mesmo que lentamente, a redução na taxa de desemprego já sinaliza superação aos anos mais difíceis para a economia. Segundo o IBGE, a queda registrada no segundo semestre deste ano é a primeira registrada no período desde 2014.

“O importante é que os dados vêm sendo persistentes desde o mês de março. Isso é o mais importante. Mesmo que a recuperação nesse momento seja lenta, ela demonstra uma inclinação, uma indicação de que isso vai se fortalecer ao longo do tempo.”

O IBGE também traçou o perfil dos desempregados no país. Do total, 38,5% já estão na fila da procura por trabalho há mais de um ano, o que corresponde a 5,2 milhões de brasileiros. As mulheres tiveram uma recuperação mais acelerada que os homens no mercado de trabalho. Para elas, a taxa de desocupação caiu 0,9 ponto percentual. Já para os homens, a queda foi menor, de 0,6 ponto percentual.

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18/08/2017