Brasileiros vão levar oito anos para cobrir déficit das tarifas de energia imposto por Dilma

Notícias - 14/03/2017

Brasília (DF) – A ex-presidente cassada Dilma Rousseff já pode estar afastada do cargo há quase um ano, mas a sua imperícia e as medidas populistas postas em vigor pelo seu governo com objetivos exclusivamente eleitoreiros continuam a prejudicar os brasileiros. Dessa vez, a população será obrigada a pagar, ao longo de oito anos, uma fatura extra de R$ 59,6 bilhões diluída em reajustes na conta de luz. O valor é referente à indenização às transmissoras de energia em razão dos prejuízos causados pela Medida Provisória 579, imposta pela gestão petista em 2012.

No Rio de Janeiro, segundo coluna publicada nesta terça-feira (14) pelo jornal O Globo, a conta de luz já sobe a partir de quarta-feira (15), com um aumento médio de 12%. Em outros estados, o reajuste começará a partir de 1º de julho, e pode chegar a 27%.

Vale lembrar que os R$ 59,6 bilhões que serão pagos pelos brasileiros equivalem a dinheiro suficiente para construir três hidrelétricas como Belo Monte, e concluir dois projetos de transposição do rio São Francisco. O cálculo é da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace).

“Tenho dito que o governo petista deixou três heranças malditas ao povo brasileiro, que foram a crise política, a crise moral e a crise econômica. Mas a crise econômica é a mais grave, porque quem paga a conta no final realmente é o consumidor”, avaliou o senador Ataídes de Oliveira (PSDB-TO). “No caso da energia elétrica no nosso país, essa desoneração, essa redução irresponsável que a presidente Dilma fez para permanecer no poder, agora cobra a fatura para o povo pagar”, disse.

“No Brasil, os entes federados todos estão aumentando as suas tarifas de energia elétrica. Lá no meu querido estado, o Tocantins, a conta de luz vai aumentar 12,77%, isso para uma inflação desse período, dos 12 últimos meses no Brasil, de 6,29%. Em alguns estados, esses reajustes podem chegar a quase 30% na tarifa de energia elétrica. Isso é bárbaro, e o povo infelizmente vai ter que pagar. É lamentável, mas todos sabemos que é o resultado de uma política econômica voltada tão somente para permanecer no poder”, acrescentou o parlamentar.

Demagogia eleitoral

O senador se refere à MP 579, imposta aos brasileiros pelo governo Dilma Rousseff sem a devida discussão com sociedade e contra a opinião de especialistas do setor. Anunciada com grande estardalhaço pela então presidente, a medida prometia reduzir a conta de luz dos brasileiros em 20%. Mas a aparente economia não passou de demagogia eleitoral, e se revelou um tiro pela culatra. O aumento do consumo que se seguiu produziu um rombo no caixa das geradoras de energia, principalmente na Eletrobras. Sem condições de cobrir os subsídios concedidos, o governo reajustou as tarifas em 50% pouco tempo depois.

Para Ataídes de Oliveira, a deterioração do setor elétrico promovida pela gestão Dilma vai demandar tempo e um esforço conjunto do governo federal.

“Temos que fazer alguma coisa imediata para corrigir toda essa balbúrdia que o PT aprontou. A energia nuclear, por exemplo, foi um erro que custou caríssimo e ainda está custando, e é resultado desses aumentos neste momento em todo o nosso país. Nossa política energética precisa ser revista. Temos que pensar em alternativas como a energia sustentável, fotovoltaica, eólica, para ver se a gente sai desse mundo em que o PT nos colocou, com relação a esse déficit terrível da energia elétrica no país”, completou o senador.

Leia AQUI a íntegra da coluna publicada pelo jornal O Globo.

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14/03/2017