Bruno Araújo: PSDB trabalha por equilíbrio, responsabilidade e unidade do país

O PSDB vai trabalhar pelo equilíbrio, a responsabilidade e a unidade do país neste momento difícil. É o que se espera também do presidente da República. A afirmação foi feita pelo presidente nacional do partido, Bruno Araújo, em webinar promovido pelo portal Jota, nesta quinta-feira (14/05). “Espera-se que o presidente seja um catalizador, que trabalhe junto com estados e municípios. Mas o nível de discussão que ele promove só aumenta a tensão”, avaliou.
Nesse sentido, Bruno Araújo afirmou que, para atender às demandas trazidas pela crise do coronavírus, “o melhor que a política pode fazer é não atrapalhar”. “A prioridade absoluta do Congresso é fazer chegar na ponta o dinheiro para a compra de itens de primeira necessidade, como respiradores e leitos”, disse. “A agenda deve estar focada nessas questões. Mas sempre que há uma crise política, o foco sai da prioridade”, completou.
No debate online, que teve também a participação do presidente do PSD, Gilberto Kassab, Bruno Araújo comentou a recente reaproximação entre Bolsonaro e Rodrigo Maia. “O gesto do presidente da Câmara é louvável, é maduro. Vamos apoiar qualquer coisa que traga serenidade ao país, não vamos colocar fogo no circo”, disse. “Só espero que esse namoro não termine em separação litigiosa, como ocorreu com Magno Malta, Bebbiano, Sergio Moro e o general Santos Cruz”.
Impeachment
O presidente do PSDB defendeu a cautela quando se fala na possibilidade de impeachment, em função das denúncias feitas pelo ex-ministro Sérgio Moro. Segundo ele, a investigação que corre sob o comando do STF já cumpre a missão de lembrar ao presidente que há limites constitucionais a serem cumpridos. “Precisamos torcer para que ele também tenha a compreensão do cargo que ocupa”, afirmou.
O partido tomou a iniciativa de apresentar requerimento para abertura de CPMI com objetivo de investigar as acusações feitas por Moro. Ainda não há assinaturas suficientes para a instalação da comissão. Quando isso acontecer, disse, o trabalho dos parlamentares poderá auxiliar nas investigações já em curso no Supremo e na PGR.
Eleições
Bruno Araújo comentou ainda sobre os possíveis efeitos da pandemia no calendário eleitoral. Segundo ele, se necessário, as eleições municipais poderão ser adiadas para depois de outubro, mas devem acontecer ainda este ano, para que não haja prorrogação dos atuais mandatos além de 1º de janeiro.
Assista ao debate promovido pelo Jota