Candidatura de Aécio Neves é para valer
A candidatura do deputado tucano por Minas Gerais Aécio Neves à Presidência da Câmara dos Deputados é para valer. Se ainda havia dúvidas quanto a isso, elas devem ter sido eliminadas na última quarta-feira (08/11), quando um ato que lotou o auditório da Comissão de Constituição e Justiça e de Redação daquela Casa marcou o lançamento oficial da postulação com a presença de quase todos os deputados e senadores do PSDB e representantes de outros partidos.
Como assinalaram as lideranças do Partido que participaram da solenidade, não existe regra escrita ou consuetudinária que determine que as presidências da Câmara ou do Senado devam ser divididas entre os partidos que, não ocupando a Presidência da República, integrem a base de governo. Pelo contrário, a norma vigente é que a escolha das Mesas das duas Casas do Congresso é uma atribuição dos parlamentares independentemente do partido do chefe do Executivo. A interferência do Palácio do Planalto nos assuntos internos do Legislativo foi uma das características negativas do regime autoritário. É também norma estabelecida que o partido majoritário na data de início de uma sessão legislativa indica o presidente da Casa a partir do início da sessão seguinte. O PSDB era o partido majoritário no início deste ano e, embora não haja exigência nesse sentido, é atualmente e ao que tudo indica será no início do próximo ano.
A decisão dos deputados tucanos, respaldada pela bancada no Senado, pela Executiva Nacional, por diretórios estaduais e municipais e por lideranças partidárias como o governador Mário Covas, vai muito além de uma aspiração pessoal ou de uma disputa com outras legendas por um cargo de inegável importância. A candidatura de Aécio representa uma proposta de aprimoramento das nossas instituições democráticas e, como ele próprio salientou durante a solenidade, “de fortalecimento da Câmara dos Deputados, de forma a resgatar a sua missão catalisadora do debate dos grandes temas nacionais que interessam diretamente à cidadania“.
Como assinalou o presidente do Partido, senador Teotonio Vilela Filho, os tucanos sempre souberam pensar grande e abrir mão de posições. Ao lançar a candidatura de seu líder na Câmara à sua Presidência, não faz uma postulação pessoal ou de mera posição administrativa, mas como um compromisso com a Nação num momento em que o Parlamento deve ser instrumento da sociedade em busca de mais justiça social, de eficiência e de ética na política.
Publicação da Comissão Executiva Nacional do PSDB para estimular o debate partidário, coordenada pelo Vice-Presidente Dep. Federal Custódio Mattos.