Cássio Cunha Lima destaca as consequências das irregularidades de Dilma na vida dos brasileiros

Imprensa - 30/08/2016

cassio cunha lima foto gerdan wesleyNa fase de manifestação dos senadores sobre o processo de impeachment de Dilma Rousseff, o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), fez nesta terça-feira (30) um duro discurso em defesa do afastamento definitivo da presidente. Na tribuna, o tucano relatou as consequências dos crimes de responsabilidade pelos quais a petista é acusada – as operações de crédito irregulares com bancos públicos, chamadas “pedaladas fiscais”, e a abertura de créditos suplementares incompatíveis com a meta fiscal e sem autorização do Legislativo. Cássio Cunha Lima disse que a maioria dos brasileiros pode desconhecer detalhes das acusações, mas sente na pele todos os efeitos das ilegalidades.

“Talvez a maioria do povo brasileiro não saiba detalhar as acusações. Mas sabe dizer as consequências dos crimes que sentiu na pele. Sentiu na pele com o desemprego, com a recessão em três anos consecutivos, com o comércio fechando suas portas, com a indústria encerrando suas atividades, com juros na estratosfera, com a volta da inflação, com a mais grave crise da nossa história”, disse.

O líder da bancada tucana reforçou que o processo teve origem nas ruas, resultado da indignação do povo brasileiro com as irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas da União. Cássio Cunha Lima desconstruiu ainda a argumentação da defesa de que Dilma Rousseff teria sido vítima de um conluio firmado com o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ)

“E foram milhões de brasileiros às ruas para manifestar sua indignação. E é isso que incomoda o PT, porque eles perderam as ruas, e se achavam proprietários dela. E foi a rua quem fez o impeachment, foi a sociedade. Porque se dependesse do presidente da Câmara afastado, que arquivou dezenas de pedidos, esse impeachment não teria saído”, disse o parlamentar.

O senador tucano também lamentou os ataques dirigidos ao procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União, Júlio Marcelo Oliveira. No plenário, o senador Randolfe Rodrigues, do Rede, anunciou que aliados de Dilma Rousseff protocolaram ações para que o procurador do TCU tenha suas ações investigadas

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30/08/2016