Chanceler diz que destituição na Venezuela é arbitrária e ilegal

Notícias - 06/08/2017

A destituição da procuradora-geral da Venezuela, Luisa Ortega Díaz, que virou opositora do governo do presidente Nicolás Maduro, foi duramente criticada pelo Ministério das Relações Exteriores sob comando do chanceler Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP). Em nota, o Itamaraty chamou a iniciativa de “arbitrária e ilegal”.

A nota diz que: “O governo brasileiro condena a destituição arbitrária e ilegal da procuradora-geral da Venezuela, Luisa Ortega”.

Em seguida, acrescenta: “A medida compromete a independência do Ministério Público e a preservação das garantias e liberdades fundamentais, confirmando a instauração de um estado de exceção na Venezuela”.

Luisa Ortega foi destituída do cargo em meio a uma ação das forças de segurança da Venezuela que se posicionaram do lado de fora do escritório da Procuradoria-Geral do país, no sábado (5). O Tribunal Superior da Venezuela determinou processar a Luisa Ortega.

Os 545 membros da Assembleia Constituinte, com poderes especiais sobre outras instituições do Estado, aprovaram por unanimidade a remoção de Ortega de seu cargo, num movimento que críticos dizem ser uma afronta à democracia.

Agravamento

Mais um dia de intensos protestos na Venezuela foi registrado neste domingo (6). Houve uma tentativa de insurreição de militares em Valência, no Norte do país. O protesto terminou com duas pessoas mortas durante o levante e mais oito presos, de acordo com o presidente Maduro.

Porém, o governo afirmou ter frustrado uma tentativa “terrorista” motivada por razões políticas contrárias à gestão de Maduro. Houve sobrevoo de helicópteros, barricadas, blindados e detonações.

*Com informações do Estado de S. Paulo, UOL, AFP e Globonews.

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06/08/2017