Com a crise, brasileiros trocam carros zero por usados
Sem dinheiro para investir na compra de um carro zero com a crise econômica deixada pelo PT, os brasileiros têm recorrido a veículos usados, o que impulsionou esse tipo de financiamento em 14,6% no 1º semestre do ano. Enquanto isso, a aquisição de automóveis novos caiu 4% na comparação com o mesmo período de 2016. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (12) pela empresa B3. Nesse intervalo, foram financiados 2,42 milhões de carros, motos e caminhões, e desses, somente 845 mil eram zero quilômetro. Mais de 1,5 milhão dos vendidos foram usados.
Para o deputado federal Miguel Haddad (PSDB-SP), o resultado impacta no desempenho da indústria automobilística brasileira, uma das principais impulsionadoras da economia, mas também mostra que os brasileiros conseguiram recuperar, ainda que minimamente, o poder de compra.
“A indústria automobilística tem um peso enorme em relação à economia do país e ao seu PIB. São sinais que, de forma isolada, não permitem uma análise profunda da economia. Mas são sinais importantes de que o país tem avançado nos últimos meses.”
Apesar da queda na venda de carros novos, as compras de veículos a crédito cresceram 7,4% de janeiro a junho, se comparadas com o mesmo período de 2016. No Rio de Janeiro, a indústria de veículos tem impulsionado as exportações e colaborado com a balança comercial brasileira, que registrou um superávit de mais de US$ 7 bilhões em junho deste ano. Dessa forma, Haddad vê de forma otimista os primeiros passos da economia rumo à recuperação.
“Quando você avalia o conjunto, a questão do controle dos juros e sua queda, a inflação sob controle e o crescimento do PIB, são sinais claros de que a economia vem aquecendo, crescendo, e que o país está no rumo certo.”
Para economistas, tal cenário mostra que ainda é cedo para falar em recuperação do setor, visto que o emprego e a confiança seguem em patamares não satisfatórios para a conjuntura econômica.
