Com déficit pelo quinto ano consecutivo e rombo de R$ 3 bilhões, Funcef cogita venda de ativos
Brasília (DF) – O rombo deixado pelo governo do PT nos fundos de pensão é uma herança maldita aos brasileiros que não para de crescer. O fundo de pensão dos funcionários da Caixa Econômica Federal (Funcef), por exemplo, deverá fechar o seu balanço com déficit pelo quinto ano consecutivo. A estimativa é que o ano de 2016 tenha registrado perdas de cerca de R$ 3 bilhões. O montante eleva o déficit acumulado pelo fundo desde 2012 para algo em torno dos R$ 18 bilhões. As informações são de reportagem desta sexta-feira (06) do jornal O Estado de S. Paulo.
A saída cogitada pela diretoria do Funcef para tentar conter o prejuízo é a venda de ativos. De acordo com o Estadão, já seria discutida a possibilidade do fundo se desfazer de algumas participações relevantes, como investimentos na Vale, na usina hidrelétrica de Belo Monte e também na Odebrecht Utilities, empresa que pertence à Odebrecht Ambiental.
Vale lembrar que parte do déficit do Funcef já está sendo coberto por novas contribuições de funcionários e aposentados da Caixa, além do próprio banco. No ano passado, o valor pago pelos beneficiários ao fundo já havia aumentado 2,78%, por conta do déficit de 2014. Neste ano, o percentual extra pago por funcionários e aposentados deverá passar dos 10%, devido ao déficit de 2015. Como o rombo de 2016 só entra na conta em 2018, os beneficiários do Funcef podem esperar taxas ainda mais altas.
O deputado federal Izalci Lucas (PSDB-DF) destacou que a situação do Funcef se repete nos outros três maiores fundos de pensão do país: o Petros, dos funcionários da Petrobras; o Postalis, dos Correios; e o Previ, do Banco do Brasil.
“Esse rombo absurdo que temos visto no Funcef, no Petros e outros fundos de pensão é resultado de uma administração que compactuava com os esquemas de corrupção que desviaram bilhões. Tudo isso foi má gestão, corrupção, problemas que nós detectamos na CPI dos Fundos de Pensão. Houve muito desvio de recursos e descaso com a estrutura pública”, disse.
O tucano lamentou que a conta da má gestão acabe recaindo sobre os beneficiários dos fundos de pensão, obrigados a arcar com contribuições extras na tentativa de remediar o prejuízo.
“Essas pessoas que passaram a vida toda contribuindo para os fundos vão agora ter que pagar a conta. Na prática, quem vai pagar a conta disso são os próprios servidores e trabalhadores, que vão ter que aumentar a contribuição prestada. Isso é um absurdo e mostra o descaso que a gestão petista teve com a população. Basta ver o que fizeram com a Petrobras, todo o esquema de corrupção arquitetado e reproduzido nos principais fundos de pensão brasileiros”, completou o parlamentar.
Leia AQUI a íntegra da reportagem do jornal O Estado de S. Paulo.