Com mercado desaquecido, imóveis registram queda de 3,32% nos preços ao longo de 12 meses

Notícias - 04/05/2017

O mercado imobiliário continua desaquecido, e apesar do preço médio dos imóveis ter ficado estável entre março e abril, a queda dos valores acumulada nos últimos 12 meses chega a 3,32%, segundo estudo da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas em parceria com o portal Zap. O Índice FipeZap, que acompanha o preço médio do metro quadrado em 20 cidades brasileiras, mostra que houve alta de 0,7% no valor das moradias, mas que foi superada pela inflação acumulada no período, de 4,14%. O deputado federal Giuseppe Vecci (PSDB-GO) observa que o resultado leva em consideração as condições em que esses imóveis foram negociados durante a crise, com juros altos e patamar elevado da inflação.

“Os fatores macroeconômicos influenciam essa atividade. Os preços dos imóveis estão diretamente ligados ao dinamismo da economia. O que se pode ter, a partir de agora, é uma retomada do crescimento gradativo da economia, e isso, com certeza, reflete na questão do mercado imobiliário”, destacou.

Em um ano, seis cidades tiveram recuo nominal no valor dos imóveis, com destaque para Goiânia, que registrou a maior queda, de 3,5%. Apesar dos números pouco otimistas, Vecci acredita que a tendência da atual política monetária – que pode derrubar a Selic a 8,5% até o fim de 2017 – pode mudar esse cenário.

“Se há uma circulação de recursos maiores na economia, consequentemente, você tem uma demanda maior em cima dos imóveis. Se há um crescimento da renda salarial por um lado, da economia, há uma diminuição da inflação e uma expectativa de diminuição dos juros. Certamente, isso cria uma expectativa melhor em relação ao mercado imobiliário. O mercado está ancorando isso em cima de toda a perspectiva de crescimento econômico”, acrescentou.

O mercado prevê que já no fim deste ano os preços estejam acompanhando a inflação, e que, em 2018, o índice registre alta real nos imóveis.

X
04/05/2017