Com país em crise, setor automotivo corta 200 mil vagas em dois anos
“É mais um índice negativo que o Brasil está pagando por essa incompetência política”, afirma Giusepe Vecci
Desde o ano de 2014, o setor automotivo cortou cerca de 200 mil vagas de emprego. Os números prometem seguir em alta, pois as fábricas do ramo devem passar por ajustes e continuar com o programa de demissão voluntária, que atraiu pelo menos 1.200 funcionários nos últimos dias. O motivo da queda é a crise econômica intensificada há dois anos no Brasil.
A produção nacional despencou de 3,7 milhões de veículos para pouco mais de 2 milhões de unidades até o fim deste ano. O número equivale a patamares de dez anos atrás. Consultores da área ainda preveem uma recuperação lenta. O setor deve demorar aproximadamente quatro anos para voltar a vender índices parecidos com os dos anos de 2009 a 2014.
O economista e deputado federal Giuseppe Vecci (PSDB-GO) destaca a importância do setor para a economia brasileira. “Tem uma importância grande na economia brasileira pela multiplicação que existe de todo o setor. Não só dos automóveis, mas de autopeças, de revendedoras. Então nisso há uma grande geração de empregos de divisas internas e externas. É lógico que todos os setores, em especial este, pelo que se vê tiveram reflexos negativos com essa crise que nós estamos vivenciando há muito tempo.”
Para Giuseppe Vecci, a queda no setor é fruto de uma má gestão no país. “É um setor importante e, infelizmente, a gente vê que é mais um índice negativo que o Brasil está pagando por essa incompetência política, econômica formulada. A chamada matriz econômica da presidente Dilma. Nós só vamos ter condições de poder devolver isso, se o país voltar a crescer. Se o país voltar a crescer, o país tem que ter coragem de fazer as reformas fundamentais estruturantes que possam criar condições de um crescimento maior”, afirmou.