Com planejamento estratégico e aprovação de projeto de Serra, Petrobras vai entrar nos eixos, avalia tucano

Imprensa - 28/09/2016

vanderlei macris 8871638086_e660ffd041_kBrasília (DF) – Ao apresentar para o presidente Michel Temer, nesta terça-feira (27), o planejamento estratégico da Petrobras para o período 2017-2021, o presidente da estatal, Pedro Parente, disse esperar para os próximos meses um quadro regulatório mais favorável para a empresa e para o setor. Parente defendeu ainda a aprovação do projeto de lei nº 4567/2016, de autoria do senador licenciado e atual ministro das Relações Exteriores, José Serra (PSDB-SP), que muda as regras de exploração do petróleo do pré-sal. As informações são de reportagem desta quarta (28) do jornal Valor Econômico.

A proposta de Serra, que ainda deverá ser votada pela Câmara dos Deputados, prevê o fim da obrigação de que a Petrobras seja a única operadora do pré-sal, acabando também com a necessidade de a estatal ter participação compulsória de, no mínimo, 30% nos consórcios de exploração. Na visão de Parente, a empresa “só tem a ganhar” com a aprovação do projeto.

“Em vez de ter uma obrigação, ter a opção de fazer. Defendemos isso, sim. Mas isso não é importante só para a empresa. A gente sabe que a empresa hoje vive um momento importante de restrições financeiras e, se somos obrigados a participar de todos os campos, não vamos ter recursos para isso”, disse. “Para o país e para a atração de investimentos […] é importante ter outros players que se interessem em fazer esses investimentos”, afirmou.

Para o deputado federal Vanderlei Macris (PSDB-SP), o novo planejamento estratégico da Petrobras, aliado à vigência do projeto de José Serra, fará com que a estatal finalmente entre nos eixos.

“O presidente da Petrobras é uma pessoa altamente capacitada para poder dar o rumo correto para a gestão da empresa. Pedro Parente já tem um histórico de capacidade de gestão, e isso é muito importante neste momento em que a empresa passa por um descrédito muito grande em função da roubalheira que se praticou dentro da empresa nesses últimos anos, pelo Partido dos Trabalhadores e pelos diretores que foram muito presentes nessa construção de uma ética absolutamente reprovável”, avaliou.

“Nesse momento, se pretende, em um plano de negócios, mostrar o caminho, e o projeto que está na Câmara, e que deve ser aprovado agora nas próximas semanas, com certeza vai dar a todos os investidores sinais muito positivos, de que a empresa começa a entrar nos eixos. Sinais importantes de que se pretende corrigir o rumo da empresa”, considerou o parlamentar.

Retomada do crescimento

O presidente da Petrobras destacou que o plano apresentado a Temer tem um horizonte de dois anos, com redução rápida da dívida da empresa, e de três anos para a retomada do crescimento da companhia. As mudanças também deverão propiciar melhores condições de atrair investimentos para o país. A expectativa de Parente é de que, ao fim de um período de cinco anos, a Petrobras já esteja produzindo cerca de 3,4 milhões de barris equivalentes de óleo e gás por dia.

“É uma questão de meses para que tenhamos um quadro regulatório mais favorável. E não tenho a menor dúvida que essa é uma área que pode ter uma resposta muito rápida em termos de investimentos”, ressaltou o presidente da estatal.

O deputado Macris acrescentou que a Petrobras pode voltar a ser uma empresa viável e lucrativa, desde que seja administrada por pessoas com perfil técnico e competente. Os anos em que a estatal acabou sucateada pelas gestões petistas, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da ex-presidente Dilma Rousseff, deverão ficar para trás.

“A Petrobras é uma empresa extremamente viável, desde que ela seja administrada, gerenciada, de uma maneira austera, de maneira a levar em conta a austeridade fiscal, levar em conta os interesses da empresa, e não os interesses políticos. Todos esses são movimentos importantes para que a empresa possa, mais uma vez, mostrar o rumo que tem no interesse do país. O projeto [do pré-sal, de José Serra] também está dentro dessa lógica, de uma gestão competente, uma gestão mais aberta, chamando a iniciativa privada para participar de maneira mais efetiva. Tudo isso é importante para a recuperação da empresa”, completou o tucano.

Leia AQUI a íntegra da reportagem do jornal Valor Econômico.

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28/09/2016