Com popularidade em baixa, Dilma deve subir em palanques de Salvador, Rio e Porto Alegre
“Quem vai ter um grande prejuízo são os candidatos que ela vai apoiar”, diz o deputado Antonio Imbassahy
Mesmo após sofrer um processo de impeachment e deixar o Palácio do Planalto com a popularidade em torno de 13%, de acordo com o Datafolha, a ex-presidente Dilma Rousseff vai subir em palanques das cidades do Rio de Janeiro, Porto Alegre e Salvador para apoiar candidatos de partidos aliados. Dilma também quer usar o momento atual para reforçar o discurso de que o processo de impeachment foi golpe.
Outro motivo da exposição da petista é um teste de adesão para uma futura candidatura a cargos parlamentares em 2018, tendo como base alguma dessas cidades. A brecha é fruto da decisão do Senado de não inabilitar a ex-presidente de exercer funções públicas.
“Quem vai ter um grande prejuízo são os candidatos que ela vai apoiar. Ela foi destituída por ter cometido crime de responsabilidade, violado a Constituição Federal, mentir para os brasileiros, e participou de um governo envolvido num mar de lama, de corrupção. Os candidatos que desejam o apoio dela, são candidatos que estão aí no verdadeiro desespero, em função da falta de credibilidade da presidente Dilma.”
O deputado Otávio Leite, do PSDB do Rio de Janeiro, aponta que a ex-presidente deveria aproveitar a oportunidade para explicar os erros do governo petista.
“Como democrata que sou, não vejo nenhum problema. É direito de qualquer um se manifestar em praça pública. O que eu gostaria é que a ex-presidente aproveitasse a oportunidade para publicamente esclarecer ao país a tragédia do seu governo, que levou a 12 milhões de desempregados, que quebrou a Petrobras.”