Com proposta de Reconstruir Minas, Anastasia registra candidatura no TRE-MG
A Coligação Reconstruir Minas, liderada pelo ex-governador e atual senador Antonio Anastasia para o Governo de Minas, foi registrada nesta sexta-feira (10) no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG). Anastasia tem como candidato a vice-governador o deputado federal Marcos Montes (PSD). Os candidatos apresentaram todas as certidões e documentos para o registro, incluindo as diretrizes do Plano de Governo.
Durante o período de pré-campanha, Anastasia e Montes percorreram o estado, conversando com diversos movimentos da sociedade civil, com representantes dos trabalhadores e empresários que contribuíram com sugestões e ideias para a formulação do plano. No documento de 18 páginas, protocolado junto ao TRE e assinado pelo próprio candidato, Anastasia traça um diagnóstico da situação atual do Estado, apresenta sua história como gestor público e fala sobre os desafios e metas para o futuro de Minas. Segundo ele, Minas Gerais anda sem rumo e encontra-se na maior encruzilhada desde quando se constituiu como capitania no século XVIII. O senador fez contundentes críticas à forma como o atual governo tem enfrentado a crise.
“A população mineira, diante de um governo descomprometido a enfrentar os desafios e incapaz de ofertar soluções que harmonizem o curto e o longo prazos, padece com a deterioração dos serviços públicos, principalmente aqueles que asseguram dignidade”, destaca o candidato ao governo de Minas.
No documento, Anastasia fala em governar com e para as pessoas, compreendendo-as não apenas como meras usuárias dos serviços públicos, mas como beneficiárias, cujos elogios, queixas e necessidades, segundo ele, serão recebidos com seriedade para avaliar a sua efetividade e para que sejam tomadas medidas de ajuste. Para isso, propõe um governo alicerçado em quatro princípios: simplicidade, austeridade, criatividade e credibilidade. “São princípios que nortearão o meu governo. Consciente de que reconstruir é tarefa mais árdua e complexa do que construir. Enfrentaremos a atual crise fiscal e os desafios para voltar a crescer com determinação, sabedores dos obstáculos que teremos à frente”, afirma.
Pobreza e desigualdades
Na proposta que apresentou ao TRE, o candidato destaca que em um possível novo governo se pautará por uma luta sem tréguas para eliminar os bolsões de pobreza e suplantar a miséria. Para ele, a desigualdade entre as pessoas não pode ser medida simplesmente pelo critério da renda.
“O tratamento adequado para a redução da desigualdade social deve abarcar o conceito de pobreza multidimensional, ao considerar que qualquer forma de privação a serviços públicos, bens e a direitos, bem como garantias fundamentais da pessoa humana – como a educação, saúde, habitação, água potável, eletricidade, saneamento básico, coleta de resíduos sólidos, acesso ao emprego e à renda e a bens de consumo e a proteção das minorias – impede que seja assegurada a dignidade, a autonomia das pessoas e o exercício pleno da cidadania”, ressaltou.