Com recessão, informalidade no mercado de trabalho chega a 10 milhões no país

Crise econômica também acentuou a informalidade na economia brasileira, que cresceu em 2015 pela primeira vez em 12 anos

Notícias - 22/08/2016

Foto: Rafael Neddermeyer / Fotos Públicas Carteira de TrabalhoCom a crise econômica instalada no país após 13 anos de governos do PT, o número de trabalhadores que recorrem à informalidade para garantir a sobrevivência chega hoje a 10 milhões, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), compilados pela Fundação Getúlio Vargas. As estatísticas mostram que a quantidade de brasileiros que trabalham sem carteira de trabalho assinada tem crescido nos últimos meses. No início deste ano, eram 9,7 milhões.

Além do desemprego, que atinge 11,4 milhões de brasileiros, a crise também acentuou a informalidade na economia brasileira, que cresceu em 2015 pela primeira vez em pelo menos 12 anos.

O economista e deputado federal Giuseppe Vecci (PSDB-GO) explica que o resultado é reflexo de uma economia ainda fragilizada. “A maioria da informalidade reflete isso. As pessoas tentam fazer bicos que possam lhes dar o mínimo para sobreviver. Isso demonstra momentaneamente uma fragilidade da economia. Só a formalidade pressupõe as condições de empréstimos, de poder ter uma situação regularizada, de maior capacidade. Então isso reflete o momento ruim que se vive no país”, afirmou.

Para Vecci, a má gestão econômica do último governo é responsável não só pelo fechamento de postos de trabalho, como também pelo prejuízo ao trabalhador brasileiro.

“Tudo isso é reflexo do que está ocorrendo no país há muito tempo, essa situação caótica que o PT deixou na nossa economia, a postergação de novos projetos que poderiam gerar emprego e renda, e a consequência disso foram os indicadores muito ruins que o Brasil passou a ter de emprego e inflação.”

A tendência, segundo especialistas, é que o número de trabalhadores informais continue em alta nos próximos meses, pois o mercado de trabalho deverá demorar a esboçar reações.

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22/08/2016