Com recorde de desemprego, Brasil desperdiça mais de um terço da força de trabalho dos jovens
Mais de um terço da força de trabalho dos jovens no Brasil é desperdiçada. Isso porque 37,1% dos trabalhadores brasileiros entre 18 e 24 anos estão desempregados, trabalham menos de 40 horas semanais mesmo dispostos a ampliar as suas jornadas, estão disponíveis para trabalhar e não têm oportunidade ou buscam empregos. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios, a Pnad Contínua, referentes ao terceiro trimestre do ano. Ao todo, 6,2 milhões de jovens estão nessa situação, herança da crise econômica deixada ao país pelo governo Dilma Rousseff.
A pesquisa aponta ainda que, nas regiões Nordeste e Sudeste, o problema do desemprego e subutilização da força de trabalho é mais acentuado, afetando principalmente jovens e mulheres.
A deputada federal Mariana Carvalho (PSDB-RO) ressalta que o dado é bastante preocupante, visto que a população brasileira está envelhecendo e precisa cada vez mais de jovens qualificados para assumir os postos de trabalho.
“Esse tema sobre os nossos jovens desempregados vem cada vez mais preocupando o nosso país. É agravante o número de jovens desempregados, da falta de oportunidades e de valorização para poder fazer com que as empresas deem chances ao primeiro emprego, pensando no futuro da nossa juventude. A gente precisa abrir portas, dar oportunidade e construir o futuro. Lembrando que cada vez a nossa população está envelhecendo, e a gente precisa fazer com que os jovens tenham oportunidade de acesso ao primeiro emprego.”
Especialistas apontam que, em um cenário de crise econômica, os jovens são os que mais sentem os impactos do desemprego, principalmente pela falta de experiência, qualificação e poder de barganha no mercado de trabalho. Para estimular a contratação de jovens, Mariana Carvalho ressalta que não basta a boa vontade dos empresários, mas também um investimento em educação de qualidade, que prepare o aluno para uma profissão desde o período de formação escolar.
“Eles nunca vão ter condições de se qualificarem em um emprego se não encontrarem uma porta aberta e ali iniciarem sua vida profissional. Além desse problema da falta de experiência que é colocado, há a falta de uma educação de qualidade, de uma escola que prepare bem, da qual seu aluno saia já com uma formação qualificada.”