Com restrições causadas pela crise, turistas brasileiros buscam alternativas para viajar
A crise econômica vem fazendo com que os turistas brasileiros tenham que encontrar alternativas para realizar suas viagens sem comprometer as finanças. As restrições causadas pela crise levaram muitos brasileiros a trocar viagens de avião por ônibus, hotéis mais caros por outros mais simples, além de diminuir o tempo de estadia nos locais – ou mesmo adiar as tão sonhadas férias diante da forte recessão que atinge todo o país.
Com este cenário, as vendas realizadas pela CVC, maior grupo de turismo do país, via internet no ano passado, caíram ao mesmo tempo em que as transações feitas em lojas físicas da empresa apresentaram crescimento. As informações são de matéria da Folha de S. Paulo publicada nesta quarta-feira (4).
De acordo com análise da CVC, a situação é resultado de uma maior restrição ao crédito no país, o que leva os brasileiros a buscarem outras formas para pagar por suas viagens. Dessa forma, o ambiente online, mais limitado em relação aos métodos de pagamento, acaba sendo preterido pelas agências físicas, que permitem compras por boleto, cheque, dinheiro, cartões de crédito e débito e até mesmo a combinação de diferentes modos de pagamento.
“Na loja, você pode pagar parte em dinheiro, dividir no cartão do marido e da mulher, pagar no boleto. A flexibilidade no mundo off-line é muito maior”, afirmou à reportagem da Folha Luiz Fernando Fogaça, vice-presidente administrativo, financeiro e de relações com investidores da CVC. De acordo com ele, mais de 30% das compras feitas em lojas físicas da empresa são pagas com cheque e boleto, e em 20% o pagamento envolve dinheiro.
Apesar da situação, os números da própria empresa revelam que o país já começa a deixar para trás a fase mais grave da crise econômica deflagrada pelo governo do PT. A matéria destaca que, no último trimestre do ano passado, as vendas da CVC cresceram 13,4% em relação ao mesmo período de 2015, apesar de ter havido uma queda de 3,5% nas vendas online na mesma comparação. Além disso, a agência revela que o número de viagens para fora do país voltou a crescer no final do ano passado após a estabilização cambial.
Clique aqui para ler a matéria da Folha de S. Paulo.