Com retomada da economia, Brasil terá primeira deflação em 11 anos

Notícias - 03/07/2017

Uma das principais causas de temor entre os consumidores em momentos de crise, a inflação voltou a ficar sob controle no país após atingir a marca de dois dígitos durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Após seguidas quedas no indicador nos últimos meses, o brasileiro deve voltar a ver um fenômeno que não acontecia no Brasil há 11 anos: a deflação. De acordo com matéria publicada pela revista IstoÉ, o mercado prevê para junho uma queda de 0,15% nos preços.

Ouvido pela reportagem da IstoÉ, Gilberto Braga, professor de finanças do Ibmec, acredita que este cenário possa continuar nos próximos meses, seja com novas quedas nos preços ou com resultados positivos próximos de zero. Segundo ele, o consumo no país deve sofrer um impulso no país. “Temos um cenário de medidas microeconômicas, como as novas regras do cartão de crédito e a redução da taxa de juros, que estimulam as compras”, analisou.

Para o deputado federal Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE), diversos indicadores demonstram que, ao menos na área econômica, o Brasil já começa a deixar a crise para trás. “Se não fosse a questão política, a área econômica está caminhando com uma boa projeção. Com controle de preços, a queda da inflação e a diminuição da taxa Selic, se espera que nós possamos ter essas sinalizações mais positivas concretizadas em relação ao que está se propondo em termos econômicos para o nosso pais”, destacou o parlamentar.

Raimundo Gomes de Matos ressalta que o maior empecilho para uma recuperação mais vigorosa no país é a continuidade da crise política, responsável pela persistência de um cenário de insegurança que afasta investidores. Na visão do tucano, essa incerteza do mercado explica porque o desemprego segue batendo recordes.

“A crise política gera desconfiança por parte dos empresários, que querem saber realmente como será o dia de amanhã. Por isso eles não abrem mais postos de trabalho. O que está faltando é a credibilidade política e a estabilidade política do país, para que haja diminuição do desemprego. Outra coisa é importante é o governo acelerar principalmente as obras paradas, principalmente de construção civil, que também geram emprego. A construção civil é uma área que tem um potencial de geração de emprego de mão de obra direta muito positivo”, argumentou.

Reformas

A aprovação de importantes reformas atualmente em discussão no Congresso também foi citada por Gomes de Matos como um fator fundamental para a geração de vagas de emprego no Brasil. “São duas reformas importantíssimas, a trabalhista e a tributária. Elas dão aos investidores segurança jurídica”, ponderou o deputado.

Clique aqui para ler a íntegra da matéria da IstoÉ sobre o assunto.

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03/07/2017