Com saída de Dilma, benefícios para crianças com microcefalia cresceram cinco vezes em 2016

Saúde - 12/08/2016

microcefaliaO número de concessões do Benefício de Prestação Continuada para famílias de crianças com microcefalia aumentou quase cinco vezes de janeiro até agosto desse ano. Foram 937 famílias que obtiveram, por causa da doença relacionada ao vírus da zika, o auxílio de um salário mínimo. Os dados são do Relatório do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário. Esse número representa uma quantidade de 486% maior do que o total de beneficiados ao longo de todo o ano de 2015, período em que o país tinha no comando a presidente afastada Dilma Rousseff.

O deputado federal Betinho Gomes (PSDB-PE) credita a lentidão no repasse do ano passado ao governo petista. “O PT, na verdade, tem uma marca na lentidão das ações. Eles conseguem propagandear muito os feitos que dizem que vão fazer, mas não tiram do papel as ações que anunciam. E, obviamente, esse aumento da tensão com a liberação desses recursos de prestação continuada mostra que, além da gravidade do problema, o PT foi muito lento ao garantir esse direito para as crianças e para as famílias. Eles precisam de uma retaguarda, eles precisam de um apoio”, afirmou.

Para receber o benefício, é necessário ter uma renda familiar menor que um quarto do salário mínimo per capita. Esse tipo de auxílio também é destinado a pessoas com deficiência incapacitante ou idosos com mais de 65 anos, desde que sejam extremamente carentes. Betinho Gomes defende uma ação preventiva por parte do governo federal para sanar o problema.

“Não vai certamente resolver o problema das pessoas, mas é uma necessidade. É necessário que a gente tenha uma ação preventiva. Que passe a fazer investimento no saneamento básico, no cuidado com as cidades. E o governo precisa agir fortemente para poder estruturar novamente a política nacional de saneamento básico”, afirmou o tucano.

O relatório do ministério também traça o perfil das crianças atingidas pela microcefalia. A maioria é formada por pessoas extremamente carentes e em regiões onde o saneamento básico é precário.

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12/08/2016