Com só metade das promessas cumpridas em SP, Haddad põe a culpa na falta de recursos federais

Imprensa - 26/12/2016

George Gianni / PSDBBrasília (DF) – A poucos dias de encerrar o seu mandato como prefeito de São Paulo, o petista Fernando Haddad deverá finalizar a gestão com apenas metade das suas promessas de campanha cumpridas. Ao assumir a prefeitura em 2013, Haddad prometeu à população uma revolução urbanística e social. Mas, segundo o programa de metas do próprio prefeito, só 54,5% desses compromissos foram totalmente concluídos.

As informações são de reportagem publicada nesta segunda-feira (26) pelo jornal Folha de S. Paulo. A culpa, segundo o próprio Haddad, foi da falta de recursos do governo federal – sob comando do PT até poucos meses. Com o apoio da gestão da ex-presidente Dilma Rousseff, o prefeito petista falava em abrir 150 quilômetros de corredores de ônibus, 20 Centros de Educação Unificada (CEUs), 43 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e 55 mil moradias. A parceria foi propagandeada aos quatro ventos durante a campanha de Haddad, em 2012. Só que, na prática, dos R$ 9 bilhões prometidos por Dilma para São Paulo, nem R$ 2 milhões chegaram à cidade.

No caso das moradias, das 55 mil prometidas, 12.585 foram entregues. De acordo com Haddad, 20 mil não foram contratadas porque o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, um dos carros chefes da propaganda petista, estava “suspenso há dois anos”. Em entrevista à Folha, o prefeito disse ainda que os Centros de Educação Unificada, que sequer chegaram a sair do papel, estavam dentro da competência do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal: foram “R$ 162 milhões prometidos que não chegaram”.

Vale lembrar que, durante a campanha presidencial, Dilma também chegou a ser apresentada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como a “mãe do PAC”.

Para o deputado federal Vitor Lippi (PSDB-SP), as justificativas dadas por Haddad para não cumprir suas promessas à população paulistana deixam ainda mais evidente o nível de incompetência da gestão petista. O parlamentar destacou o fato de Haddad tentar remediar sua culpa apontando erros do próprio partido, cometidos durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff.

“O prefeito Haddad é mais uma vítima da gestão do PT. Além da questão da queda da arrecadação, de o Brasil estar quebrado, o governo federal quebrado, os municípios com grandes dificuldades, até alguns estados quebrados, essa dificuldade se deu por conta dessa crise cuja maior responsabilidade é do Partido dos Trabalhadores. Tanto é que, por conta das irregularidades cometidas, da corrupção, da má gestão pública, da irresponsabilidade, das mentiras e tudo o mais, isso acabou resultando no impeachment da presidente Dilma”, constatou.

O tucano avaliou que os 13 anos de gestão petista deixaram um rastro de grandes prejuízos ao Brasil e aos brasileiros. “Certamente entre os grandes prejudicados, além do empobrecimento da população, da questão do desemprego no Brasil, que tem as mais elevadas taxas, estão as prefeituras, que prestam serviços fundamentais, essenciais para a população, como serviços de saúde, de educação, de segurança, da área social, de fiscalização. Todos os setores das prefeituras sofreram severamente por conta dessa herança maldita do Partido dos Trabalhadores”, ressaltou.

PT não foi poupado

Vitor Lippi acrescentou ainda que o desastre da gestão Dilma Rousseff foi tamanho que não poupou os próprios prefeitos do Partido dos Trabalhadores, que dependiam de recursos e repasses do governo federal que não nunca aconteceram para cumprir metas.

“Isso aconteceu no Minha Casa, Minha Vida, no PAC, que também era algo dito com grande empáfia que ia resolver os problemas do Brasil, e no fim era um grande engodo, não houve o repasse dos recursos. Por conta disso tudo, vemos aí uma situação muito complicada para as prefeituras, para a população brasileira”, salientou.

“O que a gente espera agora em 2017 é que a gente possa ter uma retomada da economia. A gente sabe que isso é lento porque as dificuldades, a perda de competitividade do Brasil, a perda de confiança dos investidores, o desarranjo da economia foi muito grande, mas estamos confiantes que em 2017, com as medidas que vêm sendo tomadas gradativamente pelo governo Temer, vamos ter um ano melhor do que nós tivemos em 2016”, completou o deputado.

Leia AQUI a íntegra da reportagem do jornal Folha de S. Paulo.

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26/12/2016