Como efeito da gestão Dilma, PIB recua 0,6% no segundo trimestre
Brasília (DF) – No mesmo dia em que o Senado afastou definitivamente a presidente Dilma Rousseff da Presidência, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os últimos dados da economia sob o comando da petista. O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro recuou 0,6% no segundo trimestre em relação ao período anterior. É o sexto trimestre seguido de queda e a mais forte sofrida pelas principais economias globais no período. As informações são do jornal Folha de S. Paulo desta quarta-feira (31).
De acordo com a reportagem, em relação ao segundo trimestre de 2015, a perda foi mais intensa, de 3,8% – a nona seguida. O resultado acumulado em 12 meses foi de 4,9% negativos, o maior da série histórica, iniciada em 1996. No primeiro trimestre, a perda tinha sido de 4,7%. No ano, a economia já tem queda 4,6%. Em valores correntes, o PIB atingiu o total de R$ 1,53 trilhão.
Para o deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), o péssimo cenário é mais uma das heranças malditas da ex-presidente. “Tudo se deve a essa recessão que está em curso. Para reverter esse quadro instaurado por Lula, Dilma e PT é preciso fazer grandes mudanças na economia, começando por uma reforma profunda do sistema tributário brasileiro, além de diversas outras reformas que visem colocar o Estado do tamanho do bolso do contribuinte, ou seja, 35% do PIB”, explicou.
Segundo o jornal, o resultado chamou ainda mais atenção porque a maior parte do PIB global cresceu de abril a junho, ainda que em ritmo modesto. Além do Brasil, só Chile e México encolheram no segundo trimestre.
Na avaliação do tucano, a perspectiva do PSDB é de que o novo governo, do presidente em exercício Michel Temer, seja capaz de reverter essa “situação lamentável” legada pelos petistas. “O Brasil não pode continuar gastando 45% do PIB em impostos. São 10 pontos acima do aceitável. É lamentável. Esperamos que, a partir de hoje, o governo Michel Temer tenha essa capacidade de olhar para a próxima geração e não para a próxima eleição, e que faça tudo o que tem que ser feito”, completou.
Setores
Entre os setores cujos desempenhos entram no cálculo do PIB, a agropecuária registrou a maior queda, de 2%, seguida pelos serviços, que recuaram 0,8%. Quando os números do segundo trimestre são comparados com os do mesmo período de 2015, os resultados são bem piores. O recuo na agropecuária chegou a 3,1%. Já a indústria sofreu uma queda de 3%, puxada pela indústria de transformação, que teve uma redução de 5,4%. Dentro do setor fabril, a construção também caiu 2,2%.
Ainda nessa base de comparação, o setor de serviços, por sua vez, foi o que sofreu maior redução: de 3,3%. O comércio sofreu contração de 7,4% e os serviços de transporte, armazenagem e correio, de 6,5%.