Concessão de aeroportos impulsiona aviação comercial em São Paulo

Uma nova perspectiva se abre para a aviação comercial em São Paulo com a assinatura do contrato para a administração privada de cinco aeroportos paulistas, assinada nesta terça-feira (18) pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) com o consórcio Voa São Paulo.
“É uma boa notícia para São Paulo. O concessionário privado investirá R$ 93 milhões em segurança e terminais. Isso gera emprego e abre oportunidades para centros de eventos, restaurantes e hotéis. É um novo ciclo de desenvolvimento na área da aviação executiva”, afirmou Alckmin.
Os aeroportos localizados em Campinas, Jundiaí, Bragança Paulista, Itanhaém e Ubatuba passam para a ser administrados em operação assistida com o Departamento Aéreo do Estado de Sao Paulo (Daesp), já a partir desta quarta-feira.
O Daesp mantém a responsabilidade contratual pela administração durante os primeiros 90 dias. Passado esse prazo, o Voa São Paulo assume integralmente a administração.
Do total de R$ 93,6 milhões previstos no contrato para serem investidos ao longos de 30 anos, R$ 33,6 milhões serão aplicados já nos primeiros quatro anos.
Além de empreendimentos comerciais e imobiliários, os aeroportos que até aqui operaram principalmente para serviços de aviação executiva e táxi aéreo podem ser utilizados para operação comercial e oferta de voos de linha. A mudança propicia novas oportunidades de desenvolvimento.
Licitação
O Consórcio Voa São Paulo foi o vencedor da licitação realizada no dia 16 de maio deste ano, com a oferta de outorga de R$ 24.439.590,00. O valor representa um ágio de 101% sobre o valor mínimo de outorga, estipulado para a licitação (R$ 12,159 milhões).
Do ponto de vista técnico, o Voa São Paulo comprovou sua qualificação em operação, manutenção, segurança e gestão de aeródromos de aviação com movimentação mínima de 60 mil aeronaves por ano, condição exigida em edital.
A nova administração deve resultar em benefícios diretos para os usuários das aeronaves que realizam mais de 135 mil pousos e decolagens nesses cinco aeroportos. E os investimentos previstos no contrato deverão influir positivamente também sobre o crescimento regional, com a atração de novos negócios e a geração de empregos.
Ao longo do contrato, R$ 15,8 milhões serão aplicados no Aeroporto de Itanhaém; R$ 20,5 milhões no de Jundiaí; R$ 10,5 milhões no de Bragança Paulista; R$ 18,2 milhões no de Ubatuba; e R$ 28,6 milhões no de Campinas.
Os investimentos serão aplicados em melhorias nos sistemas de pistas, pátios e sinalização, como também em reformas dos terminais de passageiros, modernização de hangares e implantação de equipamentos de proteção ao voo.
Nos próximos dez dias, o consórcio terá que submeter seu plano de investimentos com cronograma detalhado para execução das melhorias previstas no edital à aprovação da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) e do Daesp .
Investimentos Iniciais
Logo no primeiro ano de contrato, a concessão viabilizará ao menos R$ 9,4 milhões para os aeroportos. O Aeroporto Estadual Campo dos Amarais, em Campinas, receberá melhorias na infraestrutura para hangares, em especial nas pistas de taxiamento, além da instalação de novos equipamentos de proteção ao voo como uma estação permissionária de telecomunicações aeronáuticas. Também será implantada sinalização diurna no pavimento da pista. Esses investimentos somam R$ 4,3 milhões.
As mesmas adequações estão previstas para modernizar o Aeroporto Estadual Antônio Ribeiro Nogueira Jr., em Itanhaém, com investimento de R$ 3 milhões no primeiro ano da concessão. Em Jundiaí, o terminal de passageiros do Aeroporto Estadual Comandante Rolim Adolfo Amaro será reformado com investimento de R$ 2 milhões, que também contempla equipamentos para a torre e instrumentos de navegação aérea.
No Aeroporto Estadual Artur Siqueira (Bragança Paulista), inicialmente, será feita a sinalização horizontal diurna da pista. E, nos próximos meses, a Concessionária Voa São Paulo irá elaborar o projeto para a construção do novo Terminal de Passageiros do Aeroporto Estadual Gastão Madeira, em Ubatuba, orçado em R$ 2,5 milhões.
Do Governo de São Paulo