Concessão de monotrilhos à iniciativa privada vai gerar receitas e ajudar nas contas do governo de São Paulo

Notícias - 22/02/2017

Brasília (DF) – O governo de São Paulo, comandado por Geraldo Alckmin (PSDB), deverá conceder dois monotrilhos que estão em construção na capital à iniciativa privada até junho deste ano, de acordo com a Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos. A proposta, que visa melhorar a operação da malha metroferroviária do estado, “contribuirá não só para a redução desse déficit, mas também para a geração de receitas para o Estado”, segundo texto elaborado pela secretaria. As informações são de reportagem publicada nesta quarta-feira (22) pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Até o mês que vem será lançado o edital para a concessão da Linha 17-Ouro, na zona sul da capital paulista, em conjunto com a Linha 5-Lilás. Já a Linha 15-Prata, na zona leste, terá um edital lançado ainda no primeiro semestre. As linhas serão concedidas em modelo que prevê outorga, ou seja, um pagamento em dinheiro do agente privado interessado. Em troca, a empresa que vencer o edital terá direito a um valor em dinheiro por passageiro transportado.

A gestão de Alckmin estima valores de outorga que chegam até R$ 313 milhões para a empresa que operar a Linha 15, com uma remuneração de R$ 1,50 por passageiro transportado. O vencedor deverá se responsabilizar pela operação das estações e manutenção dos trens do monotrilho, fabricados pela canadense Bombardier.

O secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, explicou que o Estado decidiu acelerar as concessões porque as obras voltaram a caminhar em um bom ritmo. “Já temos os pilares construídos e vamos entregar as estações até março do ano que vem. Estamos contratando o paisagismo na parte de baixo das estações”, afirmou. A ideia é que as duas linhas já sejam operadas por parceiros privados assim que forem inauguradas.

Para o coordenador da organização PPP Brasil, Bruno Pereira, o plano de concessão para a Linha 15 é “um modelo clássico de arranjo contratual de longo prazo”, amplamente usado na concessão de rodovias e aeroportos. O mercado, segundo ele, “aguarda com bastante ânimo para obter mais informações sobre o projeto”.

Leia AQUI a íntegra da reportagem do jornal O Estado de S. Paulo.

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22/02/2017