Corte de secretarias reflete desenvolvimento da política de austeridade do PSDB, diz deputado

Imprensa - 11/01/2017

giuseppe vecci foto agencia camaraBrasília (DF) – Diante da grave crise econômica instalada no país, prefeitos das capitais, eleitos em outubro do ano passado, reiteraram a necessidade de austeridade e implementaram na primeira semana de trabalho um amplo corte de secretarias com o objetivo de enxugar gastos. Segundo levantamento do jornal O Globo desta quarta-feira (11), em 14 prefeituras de capitais foram cortadas 104 secretarias e órgãos com este status. Com a mudança, o número de postos caiu para 533. O maior corte foi feito em Porto Alegre (RS), comandada por Nelson Marchezan Jr (PSDB). Além do prefeito, os tucanos João Doria (SP) e Zenaldo Coutinho (PA) também promoveram cortes.

De acordo com a reportagem, das 37 secretarias existentes na capital gaúcha, restaram 15 na gestão de Marchezan. Ainda não há informação de quanto será a economia com a medida. O prefeito afirmou que não vai apontar um “número cabalístico” para o corte de cargos comissionados, mas abriu um banco de talentos para selecionar quem ocupará essas funções.

Na maior cidade do país, João Doria também adotou a medida. A prefeitura de São Paulo tem agora 22 secretarias, ante 27 existentes na administração anterior. O tucano quer ainda cortar em seis meses 30% dos cargos comissionados.

Já o prefeito de Belém (PA), Zenaldo Coutinho (PSDB), também anunciou que haverá redução da máquina pública, mas ainda não definiu o tamanho.

Para o deputado federal Giuseppe Vecci (PSDB-GO), a medida tomada pelos governos tucanos reflete o desenvolvimento da política de austeridade do PSDB e mostra que o partido é a favor da população.

“A estrutura pública foi montada para servir ao cidadão. Quando você tem uma estrutura que custa mais do que o que você leva para o cidadão, isso está errado, inverte o processo de entender que a administração pública foi criada para servir ao povo. Temos que lembrar que nós existimos – toda estrutura política – para poder criar condições para gerar desenvolvimento para os cidadãos em todas as áreas. E é nisso que nossos prefeitos estão pensando neste momento”, avaliou.

Inchaço da máquina

Ainda segundo o tucano, os cortes representam, acima de tudo, o esforço das prefeituras no sentido de diminuir o inchaço da máquina pública. Na avaliação de Vecci, as medidas demonstram a coragem e o trabalho em prol do Brasil feito pelo PSDB.

“Esse cenário de crise tem que ser revertido. Não é um ato contra o servidor, nem contra a quantidade de secretarias. O maior gasto é com a estrutura e, na grande maioria das vezes, não gera benefício para a população. O povo quer qualidade de atendimento, saúde, educação, segurança e, de repente, não sobra nada. Acho que é uma equação que está totalmente equivocada. Os prefeitos do PSDB estão tentando fazer com que retorne à população tudo que ela deseja. Servidor significa servir ao público e não se servir disso”, afirmou.

De acordo com a reportagem, em todas as cidades há também promessas de enxugar os gastos com corte de cargos comissionados. Apesar da ampla redução de postos no primeiro escalão, a maior parte da economia prevista envolve outras medidas de custeio, como renegociação de contratos e redução de frota de carros.

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11/01/2017