Criado na gestão PT, programa de qualificação em petróleo e gás está parado

Criado em 2003 pelo PT com o objetivo de implementar qualificação e maximizar a participação da indústria brasileira, o Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp) entrou em estado de hibernação. Após gastos de R$ 292 milhões, o Prominp formou, em dez anos, cem mil trabalhadores, demanda abaixo do previsto. As informações foram divulgadas pelo jornal O Globo nesta segunda-feira.
Segundo representante do Ministério de Minas e Energia, consultado pelo jornal, o programa parou desde 2014 após o agravamento da crise financeira da Petrobras e os desdobramentos da Operação Lava Jato. Membro da Comissão de Minas e Energia da Câmara, o deputado federal Marco Tebaldi (PSDB-SC) concorda que esse e outros investimentos na estatal tenham sido afetados significativamente pela corrupção e a má gestão marcantes nos governos do PT.
“Toda semana a gente é surpreendido por essas notícias de atos de má gestão do PT em todos os setores. Não há um que escape. Inclusive esse, principalmente, de assuntos ligados à Petrobras. Nós temos aí o resultado – e esse é um deles – de que a má gestão do PT quebrou o país”, afirmou.
A paralisação do programa é apenas uma das faces da mudança no setor. A reportagem cita a dificuldade de jovens se inserirem no mercado de óleo e gás no país, e exemplifica com a história de Gabriel, jovem engenheiro de petróleo que, desde 2014, tenta não consegue emprego na área. Tebaldi lamenta que, no momento, esses profissionais não estejam encontrando espaço, mas acredita que, com a nova gestão da Petrobras, o setor deve voltar a se expandir.
“Eu diria a esses estudantes que continuem. É uma área estratégica, importante, do futuro. Só que agora, em um primeiro momento, nós precisamos recuperar a situação que o PT deixou. A nova gestão da Petrobras é eficiente e acredito que, em médio e longo prazo, ela vai prosperar. E esses jovens profissionais que estão se formado ainda podem ter um futuro brilhante nesse setor.”
A crise na Petrobras também pegou em cheio outros conjuntos de atividades. O setor naval está com 12 estaleiros paralisados e empreendimentos de grande porte que seriam contratados pela estatal não tiveram êxito.