Crise econômica afeta os repasses da União para programas de saúde

Saúde - 15/03/2017

Os repasses da União para a saúde pública dos municípios encolheram quase 9% no ano passado. A queda do financiamento federal é consequência da forte recessão econômica enfrentada em todo o país, deixada como herança pelos governos do PT no comando do país. O dado é de um levantamento do site Observatório de Informações Municipais. O estudo calula que as perdas para Estados e municípios no setor, na comparação entre os repasses de 2016 com a média dos dois anos anteriores, soma R$ 12 bilhões. O cálculo leva em consideração tanto a inflação como a expansão populacional no período.

O deputado Caio Narcio (PSDB-MG) avalia a gravidade da crise econômica no Brasil como resultado da má gestão do PT. “A situação do Brasil é gravíssima. Uma recessão das maiores da história do Brasil. Não tem precedente isso que aconteceu. Então, a gente vai percebendo uma situação muito complicada, que é óbvio que o impacto disso na economia é algo que atrapalha com certeza o desenvolvimento de qualquer área.”

Para o deputado Caio Narcio, o Congresso Nacional vem atuando para ajudar no combate à recessão econômica. O tucano ressalta que as reformas propostas pelo governo federal são essenciais nesse momento de crise.

“O que o Congresso tem que fazer é implementar as reformas que estão postadas aí. Agora virão as outras reformas que estão previstas: trabalhista, tributária, previdenciária. São gargalos que podem nos ajudar. Os índices depois de que o governo acabou assumindo, têm sido favoráveis. O controle inflacionário real, uma queda de juros real. Tudo isso faz parte de um novo incentivo no ambiente para o momento político do país.”

Com base em outra metodologia do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, obtida pelo jornal Valor Econômico, o limite de gastos corrigido anualmente pelo IPCA, como determina a Emenda Constitucional nº 95, provocará perdas acumuladas de R$ 433 bilhões ao longo de 20 anos para os entes federativos. Apesar da projeção pessimista, a estimativa do órgão é de que haja aumento do montante de verbas destinadas à saúde em 2017 e 2018, como reflexo das alterações introduzidas pela emenda constitucional.

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15/03/2017