Dados alarmantes da violência demandam prioridade para segurança pública, alerta tucano
O deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) defendeu nessa segunda-feira (13) que o Brasil tenha uma gestão que priorize a segurança pública e invista em prevenção e combate à violência. De acordo com o 12º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, o país registrou 63.880 mortes violentas em 2017, o maior número de homicídios da história.
Diante dos dados alarmantes, o parlamentar destaca que o poder público precisa assumir sua responsabilidade e combater o problema em todas as frentes, especialmente com mais investimento e prevenção.
Ao todo, no Brasil, foram 175 assassinatos por dia no ano passado, sete por hora – um aumento de 2,9% em relação a 2016. Os crimes contra as mulheres também cresceram. Foram 4.539 (6,1% a mais que em 2016). Desse total, 1.133 foram vítimas de feminicídio. Os estupros aumentaram 8,4% de um ano para o outro. “É preciso ter uma atitude mais firme. É necessário tratar as causas”, defende Moreira.
O tucano afirma que São Paulo tem se destacado com a redução dos indicadores de criminalidade. O estado teve a menor taxa de homicídios (10,7 por 100 mil habitantes) do país. Rio Grande do Norte (68) e Acre (63,9) ocupam o topo do indesejado ranking. Já as capitais com as maiores taxas são Rio Branco (AC), com 83,7 por 100 mil habitantes, Fortaleza (CE), com 77,3, e Belém (PA), com 67,5.
O deputado explica que o estado soube contornar os problemas tratando a segurança como prioridade e promovendo investimentos que vão desde a aquisição de equipamentos para as polícias e valorização dos profissionais da área, até a ampliação dos recursos para a área de inteligência e modernização do sistema penitenciário.
“São Paulo tem um governo que comanda, muito atento, prioriza, que investe em equipamentos, em tecnologia, em viaturas, que faz investimento em armamentos”, aponta o deputado. “Esses fatores fazem com que as três polícias de São Paulo (científica, Civil e Militar) façam um trabalho diferenciado”, ressalta.
O parlamentar afirma que o Brasil precisa seguir o exemplo dos governos tucanos em SP e, sobretudo, atacar as causas da violência urbana, em boa parte relacionada ao tráfico de armas e drogas. Para ele, a proteção das fronteiras para impedir que as redes do tráfico sejam alimentadas é fundamental.
“Não temos polícia de fronteira na Bolívia, nem em outros países. Não há negociações que priorizem esse assunto do ponto de vista diplomático”, lamentou, ao defender uma postura mais veemente das autoridades brasileiras.
Quanto aos investimentos, ainda considerados insuficientes pelo deputado, a União e os estados aumentaram os gastos com segurança pública. A União gastou R$ 9,7 bilhões (aumento de 6,9%), os estados gastaram R$ 69,8 bilhões, crescimento de 0,2%. Já os municípios reduziram em 2% os gastos, com R$ 5,1 bilhões. Apesar do pequeno aumento, a participação dessas despesas no total gasto no país é de 2,5%. Nos países membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a participação desses gastos é de 4,5%.
*Do PSDB na Câmara