Dalírio Beber celebra inflação abaixo do piso da meta

Após disparar e ultrapassar a casa dos dois dígitos em 2015, durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff, a inflação dá claros sinais de estar sob controle no país. Nos primeiros sete meses deste ano, o indicador teve alta de 1,43%, o menor resultado nesse tipo de comparação desde em 1994, quando a série histórica foi iniciada. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta quarta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação também apresentou resultados que não eram vistos no Brasil desde os anos 1990. Nesse tipo de comparação, o IPCA registrou um crescimento de 2,71%, menor variação desde fevereiro de 1999. Trata-se da primeira vez desde 2007 que o indicador fica abaixo do piso de tolerância definido pelo Banco Central, de 3% (1,5% abaixo da meta). As informações são de matéria publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo.
O resultado histórico foi celebrado pelo senador Dalírio Beber (PSDB-SC), que ressaltou os efeitos positivos que uma inflação sob controle gera na economia. Ele acredita que, com os preços mais estáveis, a taxa de juros continuará sendo puxada para baixo, o que possibilitará um maior nível de investimentos no país.
“Esse indicador de uma inflação de 2,7% é algo que deve ser comemorado. Não pelo governo, tem que ser comemorado pela sociedade, afinal de contas, em décadas anteriores, nós chegamos a viver uma inflação de 2700% por ano, de 80% ao mês. Hoje nós podemos dizer que estamos conseguindo uma inflação de 2,7%. Essa inflação baixa vai favorecer o Banco Central no sentido de baixar a taxa de juros. Nós vamos ter mais coragem, por parte dos nossos empreendedores, no sentido de buscar a realização de investimentos para ampliarem os seus negócios”, salientou o parlamentar.
Dalírio Beber apontou, contudo, que os bons resultados do IPCA devem ser seguidos por fatores como a recuperação do mercado de trabalho para que o brasileiro de fato possa sentir os resultados da retomada econômica do Brasil. “A empregabilidade é que vai gerar uma massa salarial que vai aumentar o consumo no Brasil, e é esse consumo que vai dar o dinamismo à economia que todo mundo espera”, ponderou o tucano.
“O cidadão apenas não está sentindo os aumentos naquilo que ele gasta no dia a dia, mas ele já está com as gorduras totalmente consumidas, por isso nós precisamos fazer com que a economia cresça para permitir que, aí sim, se tenha, ao lado do controle inflacionário, um ganho efetivo na massa salarial dos brasileiros”, argumentou o senador.