Declínio: PT tem o menor número de candidaturas nas eleições municipais dos últimos 20 anos

Imprensa - 08/08/2016

posse de ministrosBrasília (DF) – Protagonista de sucessivos escândalos de corrupção, o PT, partido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente afastada Dilma Rousseff, amarga um declínio significativo no número de candidaturas às eleições. Um levantamento preliminar feito pela Direção Nacional da legenda apontou que o partido terá 1.135 candidatos à prefeito nas eleições de outubro, uma redução de 35,5% em relação aos 1.759 candidatos em 2012. É o menor número de representantes do partido em um pleito municipal nos últimos 20 anos.

As informações são de reportagem desta segunda-feira (8) do jornal O Estado de S. Paulo. De acordo com a publicação, a avaliação de dirigentes do PT é que a redução no número de candidatos, que ocorreu em todas as regiões do país, reflete a atual turbulência política. Os motivos apontados para a queda do desempenho da sigla são o sentimento antipetista intensificado pelas investigações da Operação Lava Jato, a proibição das doações empresariais nas campanhas e o processo de impeachment de Dilma Rousseff, que distanciou o partido de alguns aliados e restringiu alianças nos estados.

Nas cidades com mais de 150 mil eleitores, por exemplo, a quantidade de candidaturas também declinou: foram 84 há quatro anos, e 70 neste ano, uma redução de 11%. Em São Paulo, berço do Partido dos Trabalhadores e maior colégio eleitoral do país, o número de candidatos caiu de 251, em 2012, para 116, neste ano. Além disso, o PT perdeu 37 dos seus 72 prefeitos eleitos no estado em 2012.

Para o deputado federal Miguel Haddad (PSDB-SP), os números falam por si só: refletem o que vem acontecendo com os quadros petistas. “É um partido envolvido em corrupção, que vem perdendo prestígio, que se afastou das suas bases e da população. A consequência disso é natural. Houve uma fuga de candidatos e membros do PT que poderiam ser candidatos, essa é a realidade, de pessoas que se utilizavam da sigla quando a sigla estava com uma boa aprovação. Quando caiu a aprovação, se distanciaram”, afirmou.

O parlamentar avaliou que o PT perdeu o seu apoio e o seu prestígio, ficando cada vez mais isolado no cenário político.

“O partido está sendo abandonado por seus partidários e pessoas que eram alinhadas, embora de outros partidos. É um abandono por parte de militantes, por parte de políticos, por parte de candidatos. O partido vem sendo abandonado por inúmeras razões: os processos de corrupção, as denúncias, a Operação Lava Jato, o descrédito que tudo isso vai criando. Tudo isso contribui para que o PT fique isolado cada vez mais”, completou o tucano.

Leia AQUI a íntegra da reportagem do jornal O Estado de S. Paulo.

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08/08/2016