Aumento da pobreza extrema é reflexo dos desmandos promovidos pelo PT

Notícias - 10/10/2018

O número de famílias que vivem em situação de extrema pobreza aumentou em todo o país nos últimos quatro anos. É o que aponta o estudo feito pela Tendências Consultoria divulgado nesta terça-feira (9). De acordo com o levantamento, na média nacional, a miséria subiu para 4,8% da população em 2017, contra 3,2% em 2014. A condição de extrema pobreza atinge pessoas com renda familiar per capita de até R$ 85 por mês, segundo a medição do governo.

De acordo com o portal G1 desta quarta-feira (10), o indicador cresceu em 25 dos 27 estados brasileiros, sendo que, no Nordeste e no Norte, a situação é particularmente pior do que em outras regiões. Dos 10 estados com maior proporção de famílias vivendo em situação de miséria no país, oito ficam no Nordeste.

Estados como Bahia, Piauí e Sergipe chegaram a dobrar ou quase dobrar o número de famílias vivendo na miséria.

O deputado federal Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE) destacou que o aumento de pessoas que retornaram à faixa de extrema pobreza é reflexo do desacerto na área econômica implementado pelo governo da ex-presidente Dilma Rousseff justamente nesse período.

“O Brasil tem 13 milhões de desempregados hoje. É muito grave. A irresponsabilidade do governo do PT gerou uma instabilidade social bastante acentuada e agravou o quadro. Apesar de ter feito um controle na área econômica, principalmente da inflação e da taxa Selic, o atual presidente não conseguiu reverter esse quadro e a situação foi só piorando”, lamentou.

Segundo a reportagem, no Maranhão, o índice chegou a 12% em 2017, o pior resultado do país. O Acre foi o estado que mais teve aumento da pobreza extrema entre 2014 e 2017, de 5,6%. Enquanto isso, estados do Sul e Sudeste estão entre os menos prejudicados pela crise, apesar da piora generalizada.

O levantamento aponta que a Bahia foi o estado onde a miséria cresceu mais rapidamente. A proporção de famílias nessa situação dobrou em quatro anos – de 4,8% em 2014 para 9,8% no ano passado. Desta forma, o estado, que tem a maior população do Nordeste e a quarta maior do país, escalou da 12ª para a terceira posição no ranking.

A piora acentuada no Nordeste também foi explicada pelo fim de um ciclo de investimentos e direcionamento de recursos públicos para a região. Com a crise fiscal do país, o Nordeste passou a receber menos estímulos estatais, como as grandes obras de infraestrutura, de refinarias a estaleiro. Segundo o jornal, existiria, portanto, uma “ressaca” econômica local.

Na avaliação do tucano, apesar das bandeiras sociais do PT, a evolução da pobreza, principalmente no Nordeste, é diretamente proporcional ao crescimento do período mais conturbado de crise promovido pelo governo Dilma. “Apesar do atual esforço na área econômica, fica claro que a população – principalmente no Nordeste – fica completamente desassistida. É lamentável observar esses desmandos do governo do PT que continuam nos afligindo diariamente”, disse.

Reportagem Clarissa Lemgruber

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10/10/2018