Desempregados e sub-ocupados somam 16% do mercado de trabalho

Mais de 10% dos brasileiros em idade de trabalho estão fora do mercado, quase 18 milhões de pessoas, no maior percentual desde 2012

Imprensa - 13/10/2016

carteira_de_trabalho_0Desempregados e pessoas com sub-ocupações somam 16% do total da força de trabalho no Brasil. Os dados fazem parte do conjunto de indicadores sobre estatísticas de trabalho realizado pelo IBGE, divulgado nesta quinta-feira (13). Em números completos, são 102 milhões de pessoas na força do mercado, sendo que 4,8 milhões estão sub-ocupadas, ou seja, com uma carga horária menor do que 40 horas semanais. Outros 12 milhões estão desempregados, como mostra reportagem do site G1.

A soma dos dois contingentes é a maior desde 2012, ano em que o órgão deu início ao levantamento dos dados. Mais de 10% dos brasileiros em idade de trabalho estão fora do mercado. O número corresponde a quase 18 milhões de pessoas, sendo também o maior percentual desde o início da série do IBGE.

O deputado federal Paulo Martins (PSDB-PR) aponta os 13 anos de governos petistas como responsáveis pela crise do emprego no país.

“O emprego é a mãe da dignidade. E a dignidade foi tirada pelo governo do PT. Não me surpreende. Isso é tudo o que o governo Dilma plantou, o governo Dilma e o PT na era toda, o que a gente tem que compreender. Por mais que eles tivessem momentos em que os índices pareciam bons, mas eram fundamentados em mentiras, em estratégias que tinham prazo de vencimento”, afirmou o tucano.

Paulo Martins classifica a situação como fruto de uma desilusão em relação à economia do país, e também descreve uma cultura de falta de iniciativa. “Há uma desilusão, mas há um aspecto cultural também que foi gerado nos últimos anos com a ideia de que o governo tem que resolver o problema das pessoas. Então, você já tem aí uma geração que está no início da vida economicamente ativa, pelo menos em idade, que foi criada e cresceu nesse ambiente de que o governo vai fazer algo pra elas. E aí a cultura de tomar a iniciativa acaba sendo comprometida.”

Outro novo indicador é o dos trabalhadores por conta própria com Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ). De acordo com o IBGE, no segundo trimestre deste ano, entre os 22,9 milhões de trabalhadores por conta própria, apenas 19% estavam registrados no CNPJ. No primeiro trimestre, eram 20%.

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13/10/2016