Desemprego: Brasil só deve recuperar perdas de vagas formais em 2020

Corte de vagas de emprego com carteira assinada deve somar 3 milhões até dezembro de 2016

Imprensa - 10/10/2016

seguro_desemprego_1Enfrentando uma grave recessão econômica há dois anos, o corte de vagas de emprego com carteira assinada deve somar cerca de 3 milhões até dezembro de 2016. Essa perda levará até o dobro desse tempo para ser recuperada. O jornal Valor Econômico ouviu especialistas para falar sobre a expectativa de reação do mercado de trabalho. Segundo os analistas ouvidos pelo veículo, o nível de emprego formal no Brasil só voltará ao registrado em 2014, de 41 milhões, em 2020.

Em 2015, foram fechados 1,5 milhão de postos de trabalho, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Com outros 650 mil cortes registrados de janeiro a agosto, o país soma atualmente 39 milhões de vagas formais, volume inferior de dezembro de 2012.

O deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB-PB) acredita em uma recuperação econômica lenta para o país. “A gente tem uma situação calamitosa que exige mudanças, portanto, quando se vê a defesa que é contrária à mudança, é preciso ter muito cuidado e atenção. Porque quem é contra qualquer mudança é a favor do que está posto, mas acredito que aos poucos vamos dar esses passos. Não é algo da noite para o dia. É um ciclo que vai levar alguns anos, mas finalmente a gente está avançando nesse sentido.”

Apesar do quadro delicado de desemprego no Brasil, o deputado Pedro Cunha Lima se diz confiante na retomada do país. Para o tucano, o governo do PT é o responsável pela situação de crise econômica.

“A gente pode dizer que o Brasil deixou de afundar cada vez mais nesse buraco, e começa a suspirar nesse novo rumo. São  medidas necessárias. A gente não tem alternativa. Não precisa ser formado em economia para ver o nosso grau de déficit nominal e perceber o tamanho do desastre que foi a gestão do governo do PT. E agora vamos tomar as medidas necessárias para que a gente retome esse crescimento.”

Clique aqui para ler a reportagem do Valor Econômico.

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10/10/2016