Desemprego deve atingir 13,7 milhões de brasileiros até o fim do primeiro semestre de 2017
A tendência de crescimento do desemprego, que em novembro atingiu novo recorde, com uma taxa de 11,9% – o que equivale a 12,1 milhão de pessoas desocupadas -, deve continuar no ano que vem, segundo previsão do Departamento de Pesquisas do Bradesco. As projeções indicam que o Brasil terá 13,7 milhões de desempregados no final do primeiro semestre de 2017, quando a economia deve começar a melhorar após o fim do ciclo de 13 anos do PT no comando do país. No final do ano, a expectativa é de que esse número caia para 13,4 milhões de pessoas. As informações são de matéria publicada nesta sexta-feira (30) pelo jornal O Globo.
Ouvida pela reportagem do jornal carioca, a economista do Bradesco Ariana Zerbinatti acredita que o mercado de trabalho do país enfrenta, atualmente, sua fase mais difícil em 25 anos. “O desemprego deve chegar a 13,7 milhões de pessoas na virada do primeiro para o segundo semestre, até que comece a melhorar um pouco. Este é o pior momento do mercado de trabalho desde 1991, com a maior taxa de desemprego. Até 2018, o emprego não vai voltar ao nível anterior, de antes de 2015, porque a economia brasileira também não vai voltar”, analisou Ariana.
Para o deputado federal Geraldo Resende (PSDB-MS), a manutenção das perspectivas negativas em relação ao desemprego em 2017 é uma amostra da gravidade da crise econômica deixada como “herança” pelo governo da ex-presidente Dilma Rousseff. O tucano vê o aumento do número de brasileiros desocupados como a maior “chaga” para a população e acredita que as reformas propostas pela equipe de Temer, aliadas a outras medidas que ainda devem vir, podem recuperar o país.
“[O aumento do desemprego] é reflexo dos desgovernos anteriores. Apesar das decisões tomadas pelo presidente, ainda há muito caminho a andar. As coisas não vão mudar de uma hora para outra. Eu espero que [o governo] aprofunde as reformas que a gente precisa fazer a partir de 2017, para que a economia possa ter um revigoramento”, avaliou o parlamentar.
“Além disso, vão vir outras medidas. Agora, a gente tem que pensar primeiro no país. Deixar de estar preocupados com partidos políticos, com nossos próprios projetos, para a gente defender um projeto de recuperação do país”, acrescentou Resende.
Queda na renda
Além do aumento do desemprego, a população brasileira convive com queda na renda média. O Globo destaca que, de acordo com projeções da LCA Consultores, 2016 deve registrar um recuo médio de 2,5% na renda do trabalhador. Para 2017, a estimativa é de um diminuto crescimento de 0,5%, muito abaixo para a inflação projetada para o período.
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