Desemprego: expectativa de novas contratações para 1º semestre de 2017 é pequena
A previsão de novas contratações de empregos para os três primeiros meses de 2017 é ainda muito baixa em relação ao atual índice de 12 milhões de brasileiros desempregados. Pesquisa realizada pela agência de trabalho e negócios ManpowerGroup com 850 empregadores mostra que o ritmo de admissão no mercado de trabalho terá um crescimento tímido de janeiro a março do ano que vem, de -9%.
Apesar de negativa, a intenção de contratação nesse período é ainda maior do que a registrada em 2016, que foi de -11%, como mostra reportagem publicada nesta terça-feira (13) pelo Portal G1.
O deputado federal Giuseppe Vecci (PSDB-GO) lamenta que as perspectivas sejam pessimistas e entende que a herança do desemprego, deixada pelo governo do PT, será um dos problemas mais difíceis a serem enfrentados pelas próximas gestões.
“Os dados levantados não são nada animadores. Infelizmente, demostram que a crise política continua afetando a economia. E a economia não consegue superar as dificuldades. Isso é muito ruim. Nós temos que reverter esse quadro negativo que encontramos, de estagnação econômica para podermos ir a outro patamar.”
Entre os segmentos que reportaram uma retração maior nas previsões de contratação, a área de construção é novamente a que menos vai empregar no Brasil, com projeção de -27%. Se confirmada essa expectativa, será o oitavo trimestre consecutivo de queda em contratação no setor. Os setores de manufatura, transporte, serviços, atacado e varejo também pesam negativamente nas expectativas para o ano que vem. Mas apesar do prognóstico negativo, Vecci acredita que esses segmentos devam ser estimulados a crescer em 2017, já que são os mais importantes no processo de retomada econômica.
“Fazer reforma sempre vai desagradar alguém. Mas o PSDB, que é um partido equilibrado haverá de ser um baluarte nesse momento para poder implementar aquilo que é necessário, que possa ser desgastante, mas que é necessário para que o nosso país retome os investimentos e consequentemente o número de empregos. Não tem coisa pior para um trabalhador do que ter habilidade, condições de trabalhar, e não ter emprego.”
Alguns setores marcam positivamente a pesquisa. As áreas de agricultura, pesca, mineração, finanças, seguros e setor imobiliário podem crescer 2% em contratações no primeiro trimestre do ano que vem. Os empregadores da educação pública também têm fortes planos de admissão, com crescimento previsto em 5%.