Desinvestimento e reavaliação de ativos são medidas “difíceis, mas necessárias” para recuperar a Petrobras, diz tucano

Imprensa - 28/11/2016

PetrobrasBrasília (DF) – Com a árdua missão de recuperar a Petrobras, patrimônio dilapidado ao longo dos 13 anos de gestão petista, o presidente da estatal, Pedro Parente, tem instituído uma série de medidas para manter a segurança dos ativos da empresa, de seus funcionários e, ao mesmo tempo, promover uma drástica redução no endividamento. Para tanto, no Plano de Negócios e Gestão da empresa para o período de 2017 a 2019, pela primeira vez a segurança e a parte financeira foram colocadas no mesmo patamar. “Não vamos fazer o ajuste financeiro à custa da segurança da empresa”, disse o executivo em entrevista publicada pela revista IstoÉ Dinheiro.

A Petrobras tem seguido à risca uma agenda que inclui o desinvestimento e a venda de ativos que não estejam ligados à exploração e à produção de petróleo. Segundo a reportagem, já são quase US$ 11 bilhões no caixa da empresa, sendo que a meta eram US$ 15,1 bilhões. A recuperação da credibilidade também passa pelo aumento da transparência. Para isso, a empresa promoveu uma imediata reavaliação dos ativos, mostrando aos investidores o real valor da estatal.

Para o senador Dalírio Beber (PSDB-SC), a gestão de Pedro Parente à frente da Petrobras tranquilizou investidores e a população brasileira quanto ao futuro da empresa.

“Faz com que tenhamos absoluta convicção de que, com o conjunto de medidas que a Petrobras tem colocado em prática, sob a presidência dele, sendo auxiliado por inúmeros outros bons profissionais que compõem a diretoria e o Conselho de Administração, a empresa efetivamente superará o momento difícil que vive, em razão de todos os fatos que a sociedade brasileira tem conhecimento, das más gestões praticadas nesses últimos anos. São medidas difíceis, mas necessárias para fazer o enfrentamento das dificuldades econômicas e financeiras da empresa, e que estão produzindo resultados”, afirmou.

O progresso do plano de redução do endividamento da empresa é lento, mas já se faz visível. Para se ter uma ideia, no terceiro trimestre do ano passado, a dívida total da Petrobras havia ultrapassado os R$ 500 bilhões. Doze meses depois, o montante é de menos de R$ 400 bilhões.

A dívida líquida também chegou a ser mais de cinco vezes a geração de caixa. A meta da gestão de Parente é reduzir o valor pela metade. “Não dá para conviver com uma dívida desse tamanho”, destacou à revista IstoÉ. “É preciso reduzir os encargos e é isso o que estamos fazendo com o programa de parcerias e desinvestimentos”.

Questão de sobrevivência

O senador Dalírio Beber avaliou que o endividamento da Petrobras “conspirava contra a sua sobrevivência e sua continuidade”. As oscilações do preço do petróleo, a nível internacional, também impactaram fortemente sobre a empresa. Por isso, o tucano ressaltou que é hora de a estatal desempenhar o papel para o qual foi concebida: ajudar o Brasil a se desenvolver de forma sustentável.

“A empresa deve agora concentrar as atividades naquilo que é a sua atividade principal: a extração de petróleo e seus afins. As outras eventuais subsidiárias, que puderem ser terceirizadas no processo de desinvestimento, estão sendo executadas sem pressa, mas com muita cautela e responsabilidade para permitir que todos esses negócios sejam, de fato, de acordo com os interesses maiores da empresa. Isso nos dá tranquilidade. Os brasileiros estão tranquilos que a diretoria da Petrobras, sob o comando de Pedro Parente, está colocando a empresa em ordem”, completou o parlamentar.

Leia AQUI a íntegra da reportagem da revista IstoÉ Dinheiro.

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28/11/2016