Despesas pessoais de Pimentel eram pagas por empresa ligada ao governador petista, diz PF

Empresa OPR, na qual o petista foi sócio até 2014, recebeu R$ 1,1 milhão do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros Metropolitano de BH

Imprensa - 08/10/2016

fernando-pimentel-foto-wilson-diasabrA Polícia Federal descobriu que o governador Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), usava a consultoria OPR não apenas para receber propina, mas também para pagar contas pessoais dele, de sua ex e atual esposa. De acordo com matéria da revista Época desta sexta-feira (7), as provas foram encontradas na sede da consultoria – na qual o petista foi sócio até 2014 – durante a Operação Acrônimo, que investiga um esquema de propina em troca de favores prestados a empresas enquanto Pimentel foi ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio do governo da ex-presidente Dilma Rousseff.

Segundo a revista, a consultoria ligada a Pimentel recebeu nada menos do que R$ 1,1 milhão do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros Metropolitano de Belo Horizonte. Durante a campanha eleitoral de 2014, a OPR obteve R$ 500 mil dos empresários mineiros e outros R$ 600 mil em 2015, quando o petista já havia assumido o governo de Minas. A PF suspeita de propina uma vez que, como governador, Pimentel tem a palavra final sobre os reajustes de tarifa nos 34 municípios da região metropolitana da capital mineira, o que representaria um claro interesse das empresas.

Segundo investigações, além de bancar a campanha de Dilma em 2014, parte do dinheiro foi usado pela OPR para pagar, desde 2013, cartão de crédito e contas de telefone em nome de Pimentel e despesas da atual mulher do governador, Carolina Oliveira (taxas de condomínio de dois apartamentos e de uma agência de turismo em 2015). A consultoria também pagou, no mesmo ano, o salário da faxineira da ex-mulher do petista Thaís Velloso Pimentel. Com a descoberta, Pimentel poderá responder por corrupção no novo cargo – o que agrava sua situação, já que, até o momento, ele era investigado por seus atos enquanto ministro entre 2011 e 2014.

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08/10/2016