Diálogos Tucanos reuniu lideranças do PSDB do Espírito Santo
O PSDB realizou neste sábado (24), o encontro regional do Diálogos Tucanos em Vitória, no Espírito Santo, na Assembleia Legislativa do estado. Este foi o segundo de uma série de eventos pelo país para ouvir líderes e militância sobre o futuro do partido. Como este também é o fim de semana que marca o aniversário de 35 anos do PSDB, foi exibido um vídeo em homenagem à data e entoado o parabéns a você pelos presentes.
O presidente do partido no Espírito Santo, deputado estadual Wandinho Leite, abriu o encontro dizendo que o PSDB precisa discutir o futuro do país e também se reconstruir. “Nós temos uma sensação e um sentimento de pertencimento com esse partido. O partido pode ter perdido um pouco do protagonismo nacional nos últimos anos, mas as nossas bandeiras são aquelas convicções que a gente ainda acredita e estão presentes em nós. Vamos fazer com que o PSDB volte a ser uma luz dentro da sociedade brasileira”, declarou.
Para o ex-prefeito de Vitória, Luiz Paulo Velloso Lucas, o PSDB deixou um legado de realizações enquanto esteve à frente da prefeitura. “O PSDB governou Vitória por 12 anos e foi uma administração transformadora, que ajudou o Espírito Santo. Em 2002, o estado esteve ameaçado de intervenção federal, pois não pagava em dia os funcionários, as instituições estavam desmoralizadas e o PSDB contribuiu muito para superar essas dificuldades. O Espírito Santo saiu da série D para a série A do campeonato”, disse o ex-prefeito, usando o futebol como metáfora. Na mesma linha, o deputado estadual Mazinho dos Anjos enfatizou o excelente trabalho que o vice-governador Ricardo Ferraço vem realizando.
Vocação para liderar
Durante a sua manifestação, o presidente nacional da legenda, Eduardo Leite, disse que o Diálogos Tucanos pretende entender quais são as angústias e as preocupações dos tucanos para, a partir disso, organizar qual é a espinha dorsal do partido. “A gente está fazendo esses eventos para ouvir as pessoas e poder entender quais são as nossas bandeiras e como é que a gente vai comunicar melhor essas bandeiras”. Mas uma certeza Eduardo Leite já tem: “A vocação do PSDB é liderar. É liderar processo de transformação, colocando a energia para construir e não para destruir. Essa é a nossa vocação”.
E complementou: “Nós não podemos sentar e assistir passivamente essa guerra de uns contra os outros. É nosso dever e obrigação, como cidadãos, não apenas como militantes do PSDB, ajudar o país a ter seriedade, razoabilidade, equilíbrio e bom senso para poder olhar para o futuro com confiança”, enfatizou.
Pragmático x programático
Durante a apresentação dos valores que devem nortear o partido na sua reconstrução, Eduardo Leite, falou sobre as tratativas pra ampliação da federação. “Estamos conversando com outros partidos e, talvez, a gente avance em agregar outras forças para ter mais representatividade e estrutura. Mas, insisto, não adianta ter o pragmático, não adianta a gente buscar volume de pessoas, cadeiras e espaços de poder, se a gente não tiver a alma do partido nutrida e consciente do que a gente representa. A gente precisa ter o programa, o programático do partido, que é a alma do partido, e precisamos ter a estrutura, que é o pragmático. Um sem o outro fica capenga.”
Diversidade
Nos dias que antecederam o evento, os participantes preencheram um formulário de inscrição, onde puderam registrar perguntas e comentários sobre o que esperam dos rumos do PSDB. Cinco dessas perguntas foram selecionadas e respondidas pelo presidente do partido, Eduardo Leite, durante o encontro. Uma delas foi a do tesoureiro do PSDB do município de Serra e pastor da Igreja Batista, Augusto César Silva Matos, que questionou qual a posição de Eduardo Leite e do partido em relação aos valores e costumes da família.
O presidente usou uma metáfora para exemplificar aquilo em que acredita: “O governo pode dar uma casa, mas é a família que torna aquilo um lar”. Para Leite, não é possível que, com a diversidade que o país tem, nós nos dividamos enquanto povo. “Não tem como ser feita política se não tiver sentimento de amor ao próximo. Tem que gostar de gente e gostar de gente de todos os tipos de gente. Não é seletivamente “deste ou daquele”. Gostar do ser humano, gostar de estar junto das pessoas, entender que cada uma tem o seu contexto, a sua origem e a sua condição social e buscar incluir a todos”.
Para Eduardo Leite, também não cabe ao governo ser o pregador de valores. “Cada homem público, cada pessoa na esfera pública, precisa se conduzir com esses valores do respeito e do amor para poder ajudar a liderar e inspirar uma sociedade a replicar a partir desses valores o sentimento que nos embale em relação ao futuro. E eu sou contra todos os tipos de preconceitos.”
Visão de futuro
Eliana Oliveira, militante tucana do município de Serra, perguntou sobre qual é a visão de Eduardo Leite para o futuro do PSDB. “Eu diria com muita confiança que a perspectiva para o PSDB é positiva. Se a gente souber comunicar com alma, com coração, o que a gente acredita, eu tenho certeza que a gente vai convencer uma parcela significativa da população que não aguenta mais essa guerra de uns contra os outros e que pode enxergar no PSDB alternativa para o bom senso e do equilíbrio que o país está precisando.”