Dilma deve depor à Lava Jato em março como testemunha de Marcelo Odebrecht
A ex-presidente Dilma Rousseff deve prestar depoimento como testemunha no dia 24 de março em uma ação penal da Lava Jato que investiga o ex-ministro Antonio Palocci, o empreiteiro Marcelo Odebrecht e mais 13 pessoas. Dilma foi arrolada como testemunha de defesa de Marcelo, ex-presidente da Odebrecht. A oitiva está pré-agendada para ocorrer às 14h, por meio de videoconferência com Porto Alegre (RS). A data foi definida pelo juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância. O deputado federal Rocha (PSDB-AC) disse estar na expectativa de que a presidente revele mais detalhes que envolveram o Partido dos Trabalhadores e seu ex-ministro.
“Eu fico muito ansioso para saber o que a ex-presidente Dilma tem a falar. As coisas estão sendo conduzidas, no meu ponto de vista, da melhor forma possível. E espero que caso ela queira se redimir, ela comece a contar o que sabe, pois sabe de muita coisa”, afirmou.
Nesse processo, o empreiteiro responde pelos crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro. Dilma já havia sido indicada por Marcelo Odebrecht como testemunha em outro processo da Lava Jato, envolvendo o setor de Operações Estruturadas da construtora. Investigadores dizem que a empreiteira teria repassado R$ 128 milhões ao PT. Para o deputado Nilson Leitão (PSDB-MT), é pouco provável que a ex-presidente desfavoreça seus aliados em um depoimento à Justiça, mas ele espera que a petista seja honesta com o Brasil nesse momento.
“O que pode nos surpreender é que de repente ela pode falar algo que venha a desfavorecer o seu ex-ministro, o que é improvável. O que nós esperamos, de fato, é que ela possa ser verdadeira com o Brasil nesse momento”, declarou o tucano.
Outros políticos do PT aparecem na lista de testemunhas dos réus desta ação penal para depor, como os deputados Arlindo Chinaglia, Paulo Pimenta, Paulo Teixeira, e os senadores Lindbergh Farias e Jorge Viana.