Dilma não seria eleita para o Senado em 2018

A ex-presidente Dilma Rousseff não teria sucesso caso se candidatasse ao Senado Federal nas eleições de 2018. É o que revela uma pesquisa divulgada pelo Instituto Paraná nesta terça-feira (9). O levantamento aponta que a petista teria apenas 11,4% das intenções de voto no Rio Grande do Sul, estado em que tem domicílio eleitoral, ficando atrás da senadora Ana Amélia (PP), escolhida por 38,4% dos entrevistados, e do senador Paulo Paim (PT), que teve 26% dos votos. Dilma ainda ficaria tecnicamente empatada com Germano Rigotto (PMDB), que teve 13,1%, e com o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM), que recebeu 10,6%.
A hipótese de concorrer ao Legislativo, seja como deputada federal ou como senadora, foi levantada pela própria ex-presidente em entrevista concedida à Agência France Presse (AFP) em fevereiro. Apesar de ter sido alvo de um impeachment, a petista ainda pode pleitear cargos eletivos, já que o Congresso manteve seus direitos políticos.
Deputada federal e ex-governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB) avalia uma eventual candidatura de Dilma como “anacrônica”. Para ela, os demais prováveis candidatos são pessoas públicas com imagens consolidadas no estado, o que dificultaria ainda mais as chances da petista.
“Hoje em dia, o eleitor conhece os seus candidatos. Estou falando dos casos específicos de Germano Rigotto, Paulo Paim, Ana Amélia, que são pessoas sedimentadas no estado. Então ela [Dilma] está numa disputa em que já entra não como algo novo, mas como uma coisa anacrônica”, argumentou a parlamentar.
Para a tucana, nem mesmo o desgaste da imagem de Dilma após o impeachment é mais determinante do que a incapacidade da petista para exercer um cargo no Senado.
[O resultado da pesquisa] não é nem por causa da imagem dela. É por uma comparação que eu acho que os próprios eleitores são capazes de fazer. O que você quer: erigir uma estátua e elegê-la senadora, ou você quer alguém que realmente vá representar no Senado o interesse do estado? Não vejo o eleitor do Rio Grande do Sul escolhendo uma pessoa tão despreparada para o cargo a que ela está se colocando. O Rio Grande do Sul conhece bem os seus senadores e exige bastante deles”, alertou.
Corrupção
A pesquisa também revela que 68,3% dos entrevistados acreditam que as denúncias de corrupção contra Dilma Rousseff são verdadeiras. O Instituto Paraná ouviu 1.508 pessoas em 68 municípios entre os dias 2 e 5 de maio. O grau de confiança do levantamento é de 95%, com margem de erro de 2,5%, para mais ou para menos.