“Dilma tem feito todos os movimentos para denegrir democracia brasileira”, diz Betinho Gomes

Imprensa - 20/02/2017

betinho-gomes-foto-psdb-na-camaraDestituída do cargo de presidente da República no ano passado, pelo Congresso Nacional, a petista Dilma Rousseff afirmou em entrevista à agência France Presse que não descarta se candidatar a um cargo de senadora ou deputada federal nas eleições de 2018. Apesar do impeachment, Dilma não perdeu os direitos políticos para ocupar funções públicas, e pode, portanto, ser candidata a cargos eletivos. Na avaliação do deputado federal Betinho Gomes (PSDB-PE), o Senado falhou ao deixar a ex-presidente com os direitos políticos.

“De fato o Senado – na sua punição que foi estabelecida ao impeachment, cometeu o equívoco de não retirar os direitos políticos da ex-presidente da República. Mas eu acho que isso demonstra um outro aspecto que cai por terra definitivamente com essa possibilidade de discurso que a Dilma faz, que é a tese do golpe. Ora, se há um golpe como ela diz, não significaria, portanto, ela buscar apoio popular já que na avaliação dela houve um golpe parlamentar”, destacou o tucano.

Para Betinho Gomes, a petista não tem condições de assumir algum cargo público após tantos desmandos de seu governo.

“Ela tem o direito de fazer isso já que ela não perdeu os direitos políticos. O que eu acho é que ela não tem, provavelmente, a autoridade política para fazer crítica ao processo democrático brasileiro. Aí o eleitor agora vai julgar se ela merece ou não um cargo eletivo já que, primeiro, ela colocou o país nessa condição econômica desastrosa e depois ela tem feito todos os movimentos possíveis para denegrir a democracia brasileira”, declarou o parlamentar.

No ano passado, Dilma foi afastada definitivamente do cargo de presidente da República após sofrer um processo de impeachment. Ela foi penalizada pelos crimes de responsabilidade, que são referentes às operações de crédito ilegais com bancos controlados pela União – as chamadas “pedaladas fiscais” – e à abertura de créditos suplementares sem o aval do Congresso.

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20/02/2017