Domingos Sávio defende maior investimento no Fies após redução nas vagas do programa

Imprensa - 07/02/2017

O governo federal vai oferecer 150 mil vagas para o Programa de Financiamento Estudantil (Fies) no primeiro semestre de 2017. O prazo de inscrições começa nesta terça-feira (7) e vai até a próxima sexta (10). Mesmo com uma oferta de vagas inferior em relação ao ano passado, o Ministério da Educação afirma que a medida é uma forma de atender à recomendação de auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União), que considerou o programa inviável em avaliação realizada no ano passado.

O deputado federal Domingos Sávio (PSDB-MG) é favorável à redução em razão da crise econômica, mas sugere um maior investimento no programa nos próximos anos.

“Esse é o melhor investimento que o país pode fazer. Isso não é despesa, isso é investimento. Além de você ter como retorno a formação de jovens, esse dinheiro vai voltar para os cofres públicos. Porque dinheiro do Fies não é dinheiro doado, é dinheiro emprestado. Há um prejuízo sim, mas nós não podemos continuar vivendo do passado. Nós temos que não só combater essas fraudes do governo passado, mas agora apresentar solução mantendo o programa.”

O  secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Mansueto Almeida,  afirmou em entrevista ao jornal Folha de São Paulo nesta terça que as mudanças visam trazer transparência aos financiamentos. Outra preocupação do secretário é a inadimplência do Fies –  mais da metade dos contratos em fase de pagamento ainda estão atrasados. Na avaliação do deputado Domingos Sávio, é imprescindível a fiscalização do programa.

 

“O que nós precisamos, na minha avaliação com relação ao Fies, é ter mecanismos de controle para evitar qualquer desvio que, infelizmente, é o que andou ocorrendo no governo do PT. Não pode ter nem desvio de dinheiro, nem desvio de finalidade.”

O Fies começou a sofrer enxugamento a partir de 2015, quando o acesso aos financiamentos foi restringido para a redução de gastos. Têm direito ao programa estudantes que tenham obtido média mínima de 450 pontos no Enem. Os inscritos também precisam ter renda familiar de até 3 salários mínimos per capita.

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07/02/2017