Doria quer empregar 20 mil moradores de rua até o final do ano

O tucano fechou parceria com os sindicatos de conservação e limpeza da cidade para que reservem vagas para o projeto

Imprensa - 06/01/2017

agenciabrasil260812mcsp8Brasília (DF) – Com o objetivo de empregar 20 mil moradores de rua até o final do ano, o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), vai lançar no próximo dia 21 o programa Trabalho Novo. O tucano fechou parceria com os sindicatos de conservação e limpeza da cidade para que reservem vagas de varredores nas empresas privadas do setor para atender o projeto. De acordo com o prefeito, a meta deve ser alcançada até 31 de dezembro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo desta sexta-feira (6).
Segundo a reportagem, as empresas irão pagar salário mínimo mensal (R$ 937), além de vantagens, como plano de saúde. Não haverá dinheiro público no programa.

Para conseguir a vaga, os candidatos terão de se comprometer a deixar as ruas em até 90 dias. Uma opção será morar nos antigos albergues, que passarão a se chamar Espaço Vida. O governo estadual, comandado por Geraldo Alckmin (PSDB), também será parceiro no programa, cedendo serviços do Poupatempo para que os moradores de rua consigam obter documentos necessários para a sua contratação.

Na avaliação de Doria, a iniciativa é o começo da “conquista de dignidade” para os moradores de rua. “Sempre acreditei que, além de prover as necessidades básicas de direito de um cidadão, dar a oportunidade para que uma pessoa conquiste com seu próprio esforço uma vida melhor é realmente transformador. Isso sim resgata a dignidade do ser humano, pois ele se sente capaz de mudar sua própria realidade”, afirmou. 

Cracolândia 

Também de autoria do tucano, o programa Redenção tem como alvo a cracolândia e pretende acabar com a remuneração de dependentes por serviços pagos pela prefeitura, como varrição, e oferecerá vagas de trabalho em empresas privadas, com salários de R$ 1.800.

O conjunto de ações de Doria incluirá medidas tanto do programa Braços Abertos, do ex-prefeito Fernando Haddad (PT), como do Recomeço, do governo Alckmin.

Pelo Braços Abertos, os beneficiários têm acesso a moradia em hotéis e vagas em serviços como varrição e jardinagem. Por cada dia trabalhado, recebem R$ 15 – o que pode somar até R$ 300 em um mês. O objetivo do programa é fazer com que o dependente diminua o uso da droga e ganhe mais autonomia.

Já o Recomeço tem o intuito de afastar o viciado da droga. Para isso, trabalha com o isolamento em comunidades terapêuticas ou internações, que podem ser involuntárias.

O Redenção, de Doria, irá usar ações dos dois programas. As medidas para cada usuário serão definidas após a realização de um censo na cracolândia. O programa também vai ofertar moradia aos usuários. Eles serão levados a comunidades terapêuticas ou hotéis fora da área da cracolândia.

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06/01/2017