Economia voltará a crescer no 2º semestre com “momento de virada” vivido pelo Brasil, avalia presidente do Bradesco

Imprensa - 17/01/2017

dinheiro_0Com a consolidação das reformas desenvolvidas pelo governo de Michel Temer, aliadas a fatores como a queda na taxa de juros, o segundo semestre deste ano marcará o início da retomada da economia brasileira. A avaliação é do presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, que está em Davos, na Suíça, para o Fórum Econômico Mundial. Em entrevista ao jornal Valor Econômico publicada nesta terça-feira (17), ele destacou que o país atravessa um “momento de virada” e analisou o cenário econômico que se desenha para 2017.

“Em 2017, teremos dois anos em um só. O primeiro semestre está contratado: a recessão inercial ainda provoca desaceleração na economia. Para de piorar, mas ainda vamos ver dados negativos, principalmente na atividade econômica”, avaliou Trabuco, projetando um cenário muito diferente a partir do meio do ano.

“No segundo semestre, a expectativa que tenho ouvido – e eu também acredito nela – é de um outro ano. Teremos concluído a agenda de reformas propostas e a redução da Selic já estará dando resultados, do ponto de vista de mudar o custo de capital, além de uma consolidação na queda da inadimplência”, acrescentou.

Questionado sobre o ritmo do crescimento econômico ao final do ano, o presidente do Bradesco projetou uma alta superior a 2% no Produto Interno Bruto (PIB). “Nosso departamento econômico projeta que, no último trimestre, estaremos crescendo entre 2,3% e 2,5% na margem [em ritmo anualizado]. Não subestimemos a capacidade que o ciclo de afrouxamento monetário tem na economia brasileira”, afirmou.

Trabuco também falou à reportagem do Valor sobre a importância de reformas como a trabalhista e a da Previdência no processo de retomada do crescimento. Em sua visão, o controle da taxa de juros, que segundo ele deve ficar abaixo de 10%, também tem papel importante na recuperação econômica do Brasil.

“Os juros, isoladamente, não garantem [o crescimento]. Junto com as reformas, e também com o programa de concessões, permitem retomar o crescimento. É verdade que, depois de um processo recessivo tão longo, a retomada não gera emprego em um primeiro momento. A economia cresce em cima da capacidade ociosa. Quando a confiança se sedimenta, transforma-se em geração de emprego”, argumentou.

Clique aqui para ler a entrevista completa de Luiz Carlos Trabuco ao jornal Valor Econômico.

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17/01/2017