Economistas defendem aprovação da PEC do teto em debate no Senado
Em debate sobre a Proposta de Emenda à Constituição que estabelece um limite para os gastos públicos nos próximos 20 anos, realizado durante audiência pública conjunta entre as Comissões de Constituição e Justiça e de Assuntos Econômicos do Senado Federal nesta terça-feira (8), os economistas Marcos Mendes, representante do Ministério da Fazenda, e Samuel Pessôa, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) defenderam a aprovação do projeto, rechaçando as críticas, feitas pela oposição, de que a PEC seria prejudicial à população.
Ao discursar, Pessôa lembrou que, em 2005, uma proposta defendida pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) com efeitos similares ao da PEC do teto foi barrada por membros do governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entre eles os petistas Aloizio Mercadante, senador à época, e Dilma Rousseff, que esteve à frente dos Ministérios de Minas e Energia e da Casa Civil naquele ano.
“Parecia que nós íamos fazer o ajustamento estrutural lá em 2005. Era uma chance que nós tínhamos e, infelizmente, [Aloizio] Mercadante e Dilma Rousseff bombardearam essa possibilidade e nos colocaram nessa situação de hoje”, criticou o economista, que ainda lembrou que muitos dos que hoje se posicionam contrariamente à PEC do teto foram, no passado, contra o Plano Real e a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
