Economistas já preveem inflação abaixo de 3%

Um grupo de analistas consultados pelo Banco Central, que se destacaram por acertar nas previsões para a economia do país, preveem uma inflação abaixo de 3% em 2017. Se a situação ocorrer, será um movimento inédito, e que pode levar os preços medidos pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) a encerrar o ano abaixo do piso estabelecido pela instituição desde que o regime de metas foi criado, em 1999. O grupo de especialistas, chamado de Top 5 de Curto Prazo, estima uma inflação em 2,94% no ano. Segundo economistas, os preços têm respondido positivamente à supersafra de alimentos e aos itens com valores administrados, como gás, energia elétrica e gasolina. Consequentemente, o custo de vida do brasileiro também cai. O deputado federal Nelson Padovani (PSDB-PR) ressalta a importância da queda sistemática da inflação, observada nos últimos meses.
“Essa queda na inflação é importante para o povo brasileiro, com o custo menor dos produtos. Naturalmente, cai a inflação e o preço do produto. O menor custo também valoriza o real”, declarou.
Nos 12 meses encerrados em maio, a inflação ficou em 3,6%. O menor patamar desde 2007. Para um grupo maior de analistas consultados pelo Banco Central, a inflação pode fechar o ano em 3,48%, abaixo dos 4,5% estabelecidos como meta pela instituição. Para Padovani, as expectativas estão de acordo com a recuperação gradual pela qual o país passa.
“Veio em uma boa hora essa queda da inflação. De modo geral, o país já não está no caos. Nós tivemos um PIB melhor, temos também uma taxa de ocupação dos desempregados. Eu vejo o Brasil em um bom patamar”, afirmou.
Se a previsão de concretizar, caberá ao presidente do Banco Central explicar porque os preços ficaram abaixo da meta. Em 18 anos, a meta foi descumprida quatro vezes, mas todas elas por ficarem acima do teto.