Eduardo Amorim: “PSDB tem grandes chances de voltar a governar o Brasil”
Filiado há dois meses ao PSDB, o senador Eduardo Amorim (SE) acredita que o partido poderá levar o Brasil a retomar o seu crescimento após 13 anos de governos do PT que levaram o país à sua derrocada econômica. Em entrevista ao site do PSDB Nacional, o tucano disse acreditar nos quadros do partido e na possibilidade de o PSDB voltar a governar o país. “O PSDB representa a esperança. Agora é preciso saber materializar esta esperança. A esperança de um futuro melhor para este país”, afirmou.
Amorim foi eleito em 2011 para seu primeiro mandato como senador da República. Antes, foi deputado federal por Sergipe, entre 2007 e 2011, e secretário de saúde no mesmo estado, entre 2003 e 2004. Formado em Medicina, bacharel em Direito e estudante de Jornalismo, o tucano aposta na qualificação como ferramenta para um bom mandato.
Na entrevista ao site do PSDB Nacional, o tucano contou um pouco da sua trajetória política, avaliou o atual cenário brasileiro e revelou planos para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos de Sergipe. Confira os principais trechos.
O senhor é médico de formação, advogado e está estudando jornalismo. Quando surgiu o interesse em ingressar na carreira política?
O meu interesse pelo mundo político surgiu da minha carreira médica. Foi quando eu vi uma criança no hospital, mais especificadamente no hospital de oncologia, que tinha um tumor cerebral e faltava analgésicos na casa. Procurei em todas as gavetas do hospital e não encontrei a medicação. Eu como especialista em dor que sou, fui buscar o motivo do porquê estava faltando os remédios e percebi que era uma decisão política. Foi então que percebi que a pior de todas as dores não era aquela que eu tratava um por um, mas sim aquela que milhares de brasileiros sentem. Percebi que o caminho para resolver o problema da saúde pública era a política. A política em boas mãos.
O senhor é conhecido por priorizar ações na área da saúde na sua região. O setor continua sendo sua prioridade?
Um jogador nunca pode ficar em uma posição só. Ele tem que ajudar o time em diversas posições. Lógico que o nosso foco principal é a saúde, porque no nosso país, embora esteja garantido constitucionalmente o direito à saúde, o setor clama por efetividade em muitos cantos deste Brasil e no meu estado não é diferente. Em Sergipe, nós ainda não temos um hospital do câncer, especializado em oncologia, embora não falte recursos para isso. Então, nós seguimos focados na saúde, mas não unicamente nela. É para isso que a gente procura se qualificar, se diversificar e ajudar da melhor maneira possível não só Sergipe, mas o país como um todo. É preciso estar sempre qualificado. Só com conhecimento é possível não ter medo dos desafios e estar pronto para discutir qualquer tema.
Como o senhor avalia o seu mandato como senador até agora?
Uma missão. Profissão não. Minha profissão é a medicina. Isto aqui é missão. Aqui não tem como você pensar em obter lucros economicamente falando. Aqui o lucro é social. É ver a realização e a concretização dos sonhos coletivos. Isso para mim é verdadeiramente uma missão e nem sempre é fácil de ser cumprida. Especialmente neste momento que estamos atravessando no cenário político brasileiro. Quando você não abre mão dos princípios e valores estando em qualquer ambiente, principalmente neste, com certeza você não decepciona e procura atingir o seu objetivo.
Aqui a gente procura ajudar o nosso país e atendemos a todos os prefeitos independentemente da cor partidária.
Eu já tive o privilégio de mandar emendas, por exemplo, e ajudar a todas as cidades do meu estado, sem exceção. Depois eu compreendi que esse ajudar não depende só de mim e os projetos não nascem aqui. Os projetos têm que nascer na maioria das vezes nas cidades ou nos municípios com os prefeitos, com os secretários. Nós precisamos da ajuda deles para cumprir essa missão. Meu gabinete tem as portas abertas para ajudar a todos, lógico que dizendo sim quando é possível dizer sim e sabendo dizer um não quando é necessário.
Quais foram as suas motivações para se filiar ao PSDB?
O que me fez vir para o PSDB é acreditar nos quadros do partido. O PSDB tem tudo para voltar a governar de novo esse país e quem sabe esse novo cenário poderá levar o Brasil par ao caminho da dignidade. Espero que cheguem muito mais outros. Eu acredito, sobretudo, no amanhã.
Estamos vivendo um momento delicado em meio a um governo de transição. Como você acha que os valores da social democracia podem ajudar o Brasil a sair vitorioso da crise?
Com toda certeza, estamos atravessando uma das piores crises da nossa história. Porque não são uma e nem duas crises que nós estamos convivendo, e sim inúmeras. Na minha opinião, as piores são a crise moral, a crise ética e a crise da falta de respeito com a coisa pública. A coisa pública, como o próprio nome diz, é coisa de todos e se é de todos é sagrada. Tem gente que trabalha metade do dia, ou seja, metade do seu suor ele entrega para o poder público. Muitas vezes, ele não tem o retorno que deveria ter. O povo brasileiro convive com inúmeros tributos e quem ganha pouco é quem mais paga impostos. É hora de mudar tudo isso. No meu novo partido, eu vejo a possibilidade concreta de contribuir fortemente para esse espírito de mudança e a chance de materializar esta esperança.
O resultado das últimas eleições municipais mostrou a força do PSDB em todo o Brasil. Qual é a sua perspectiva para as eleições do ano que vem?
O PSDB representa a esperança. Agora é preciso saber materializar esta esperança. A esperança de um futuro melhor para este país. O PSDB tem grandes possibilidades de voltar a governar o Brasil. É só a gente não cometer alguns equívocos. É só a gente persistir no trilho e sintonizado realmente com o desejo popular. Está muito claro: o que hoje o povo quer de um prefeito, de um governador, de um presidente, é um gestor, um gerente que conduza bem, mas que não abra mão da humildade, da simplicidade, que seja um líder. É só saber conduzir e evitar tropeços. Eu acredito nisso e por isso estou aqui.
Diante das últimas revelações de casos de corrupção e de políticos sendo condenados por mau uso de dinheiro público, o senhor acredita em uma revolução na política e na formação de uma nova geração de políticos?
Não tenho nenhuma dúvida disto. Eu acho que, querendo ou não, o povo já está muito consciente de que voto não é mercadoria. Voto não tem preço e tem consequências. As consequências não vêm só para quem soube ou não votar. As consequências são coletivas e atingem a todos. Se estamos pagando esta conta perversa da maior crise já vivida na história brasileira é porque precisamos escolher melhor. O brasileiro está a cada dia mais consciente disto. Só esta consciência é que vai salvar o nosso país do caos.