Efeito PT: a cada cinco casas brasileiras, uma não tem renda vinda de trabalho
A cada cinco casas brasileiras, uma não tem renda fruto de trabalho – formal ou informal. São mais de 15 milhões de famílias nessa condição até o segundo trimestre deste ano, algo que representa um crescimento de 22% em relação ao registrado em 2014. As informações foram obtidas pelo jornal Valor Econômico com base em pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na avaliação do deputado federal Betinho Gomes (PSDB-PE), o Brasil sofre as consequências dos equívocos econômicos dos governos do PT.
“Nós estamos convivendo com o resultado do desastre econômico que foi promovido, especialmente, durante a gestão do PT, da presidente Dilma. Isso é resultante dessa incapacidade presidencial. Agora, a população brasileira continua a pagar um preço altíssimo. Nós precisamos pensar a longo prazo. Ou o Brasil corrige suas distorções pensando adiante, nas suas próximas gerações, ou nós vamos continuar tendo dificuldades para crescer de maneira sustentável”, disse.
A região Nordeste é onde se apresenta o quadro mais grave. São mais de 5 milhões de lares onde não há ninguém empregado. A situação mais delicada é no estado de Alagoas – onde 35% das residências não têm nenhuma renda vinda de trabalho. O deputado Betinho Gomes aponta como o Nordeste teve a economia mais prejudicada durante a crise.
“A população nordestina certamente sente mais essa dificuldade porque a economia nordestina sempre foi mais frágil. Criou-se uma impressão falsa de que os projetos estruturadores de que lá foram colocados resolveriam os problemas do Nordeste e isso não é verdadeiro. Está aí provado a situação que a gente está vivendo e, portanto, é preciso ter a rápida retomada econômica para a partir da economia crescendo novamente”, apontou.
Os mais pobres e menos escolarizados são as principais vítimas da falta de renda. Entre os que tinham o fundamental incompleto a taxa de ninguém empregado está em 32% dos lares. Já em casas com pessoas com ensino superior completo, o índice era de 12%. No entanto, em ambos os casos, os percentuais aumentaram em relação a 2014. De acordo com o IBGE, 2,6 milhões de brasileiros perderam seus empregos entre o fim de 2014 e o segundo trimestre de 2017. A taxa de desemprego saltou de 6,5% para 13% somente nesse período.