Efeito PT: desemprego tende a crescer em 2017 antes de voltar a cair
A cada trimestre a taxa de pessoas sem emprego cresce e bate um novo recorde. 2016 vai fechar com a marca de mais de 12 milhões de desempregados. O número aumentou em mais de 2 milhões só este ano. A expectativa é que o mercado volte a gerar vagas a partir do segundo semestre de 2017. No entanto, especialistas apontam que, antes do aquecimento, a taxa tende a subir novamente. O deputado federal e economista Rogério Marinho (PSDB-RN) afirma que a economia do país foi devastada pelo governo do PT, e defende reformas profundas a fim de sanar a crise.
“Houve uma espécie de política interna de terra arrasada. Evidente que a retomada não será abrupta, não será radical. Isso vai acontecer de forma compassada ao longo do tempo. O importante é que isso tenha regularidade, que não se perca o foco, que as políticas sejam mantidas. O Brasil está a muitos anos precisando de reformas estruturais. Mudanças que afetam diretamente na questão da econômica brasileira”, destacou o tucano.
A taxa de desemprego passou de 9,5% no trimestre encerrado em janeiro para 11,8%. A expectativa do governo de Michel Temer é de que o país saia da recessão no ano que vem e que o número de contratações volte a superar o de demissões. Marinho também está otimista. O economista alerta que o crescimento não será tão veloz quanto o Brasil precisa, mas que as medidas que já estão sendo tomadas pelo governo podem mudar o atual quadro.
“O governo no final tomou uma série de medidas que apontam nesse sentido, que nós vamos ter uma maior estabilidade da nossa economia. E algumas medidas microeconômicas importantes em relação aos meios de pagamentos, até mesmo as modificações nas leis trabalhistas. Tudo isso aponta para uma retomada do crescimento ainda tímida, mas já consistente e apontando que haverá regularidade nesse crescimento ao longo dos próximos anos”, declarou.
O comércio foi o que mais demitiu no ano. Das 751 mil vagas formais eliminadas no acumulado até outubro, 247 mil foram no comércio. Na sequência, estão construção civil, com menos 225 mil vagas, e em seguida a indústria, que perdeu 142,5 mil.