Eleito governador do RS, tucano se lançou sem padrinhos políticos

Notícias - 29/10/2018
Foto: George Gianni

Governador eleito do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB) se diferencia de políticos jovens por não ter sido projetado por padrinhos políticos ou por familiares. O tucano de 33 anos se projetou como terceira via entre o PT, partido muito rejeitado no estado nos últimos anos, e a candidatura à reeleição do emedebista José Ivo Sartori. As informações são do jornal Folha de S. Paulo desta segunda-feira (29).

Com o pai advogado e a mãe professora, o ex-prefeito de Pelotas está na política desde os 19 anos e afirma que ninguém o colocou nesse meio. “Surgiu como um gosto para mim. Talvez o ambiente em casa me tenha feito despertar”, disse.

O governador eleito neste domingo (28) com mais de 3 milhões de votos afirmou que tem como referência em sua trajetória o ex-governador Mário Covas. “Tinha um espírito de execução, de enfrentamento de temas e ao mesmo tempo de sensibilidade social”, ressaltou.

Quando fala de sua carreira precoce, Leite diz que é novo, “mas não um novato”, e lista os cargos que já exerceu: vereador, secretário municipal e presidente da Câmara de Pelotas.

Em 2016, na reta final de seu mandato em seu município natal, decidiu não concorrer novamente, segundo aliados, por ser contra à reeleição.

Mesmo fora das urnas naquele ano, se fortaleceu ao eleger à prefeitura sua vice em primeiro turno. No ano seguinte, ganhou mais relevância na política local ao assumir, aos 32 anos, o comando do PSDB gaúcho.

Leite começou a campanha com 8% de intenções de voto em pesquisa Ibope, mas o cenário dava mostras de ser muito volátil. O jovem tucano virou uma aposta do PSDB nacional e saiu vitorioso do segundo turno com mais de 53% dos votos.

X
29/10/2018