Eleito governador do RS, tucano se lançou sem padrinhos políticos

Governador eleito do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB) se diferencia de políticos jovens por não ter sido projetado por padrinhos políticos ou por familiares. O tucano de 33 anos se projetou como terceira via entre o PT, partido muito rejeitado no estado nos últimos anos, e a candidatura à reeleição do emedebista José Ivo Sartori. As informações são do jornal Folha de S. Paulo desta segunda-feira (29).
Com o pai advogado e a mãe professora, o ex-prefeito de Pelotas está na política desde os 19 anos e afirma que ninguém o colocou nesse meio. “Surgiu como um gosto para mim. Talvez o ambiente em casa me tenha feito despertar”, disse.
O governador eleito neste domingo (28) com mais de 3 milhões de votos afirmou que tem como referência em sua trajetória o ex-governador Mário Covas. “Tinha um espírito de execução, de enfrentamento de temas e ao mesmo tempo de sensibilidade social”, ressaltou.
Quando fala de sua carreira precoce, Leite diz que é novo, “mas não um novato”, e lista os cargos que já exerceu: vereador, secretário municipal e presidente da Câmara de Pelotas.
Em 2016, na reta final de seu mandato em seu município natal, decidiu não concorrer novamente, segundo aliados, por ser contra à reeleição.
Mesmo fora das urnas naquele ano, se fortaleceu ao eleger à prefeitura sua vice em primeiro turno. No ano seguinte, ganhou mais relevância na política local ao assumir, aos 32 anos, o comando do PSDB gaúcho.
Leite começou a campanha com 8% de intenções de voto em pesquisa Ibope, mas o cenário dava mostras de ser muito volátil. O jovem tucano virou uma aposta do PSDB nacional e saiu vitorioso do segundo turno com mais de 53% dos votos.