Em apenas três anos, quatro mil empresas de alto crescimento fecham as portas no país, revela IBGE
Um estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) nesta sexta-feira (18) revela o estado desalentador do empreendedorismo no país durante os anos do governo da ex-presidente Dilma Rousseff. O levantamento, feito em parceria com o Instituto Empreender Endeavor Brasil, mostra que o país perdeu 4 mil Empresas de Alto Crescimento (EACs) somente entre 2012 e 2014. As informações são de matéria do portal G1.
Como revela a reportagem, as EACs são instituições que elevam seu número de funcionários em, no mínimo, 20% por ano, por três anos seguidos. Além disso, essas empresas devem ter, no primeiro ano de observação, pelo menos dez funcionários. No período do estudo, o número de empresas deste tipo no país passou de 35,2 mil em 2012 para 31,2 mil em 2014, o que representa uma queda de 11,4%.
Ouvida pelo G1, a gerente de Serviços e Comércio do IBGE, Isabella Nunes, destacou que os dados mostram uma desaceleração do empreendedorismo no país durante os últimos anos. “Como elas [EACs] são um filtro extremamente sensível na economia, você tem menos empresas que atendem a essa condição dado o menor ritmo de atividade, que perdeu fôlego”, ressaltou.
Na avaliação do economista e deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), a difícil situação enfrentada pelas EACs no país é resultado do quadro de recessão causado pelos erros cometidos pelas gestões petistas no governo federal. “A recessão da economia brasileira foi brutal e destroçou 12 milhões de empregos, e elas [EACs] também são vítimas desse processo de recessão e depressão provocado pelos governos Dilma e Lula e o PT”, disse o parlamentar.
Proporcionalmente, o número de empresas de alto crescimento também caiu no período analisado pelo IBGE, passando de 0,8% do total de empresas em atividade para 0,7%. Um outro dado negativo revelado pela pesquisa é que o pessoal total assalariado nas EACs passou de 5,2 milhões de pessoas em 2012 para 4,4 milhões em 2014, uma queda de mais de 825 mil pessoas empregadas.
De forma similar, o período também apresentou queda no salário absoluto e outras remunerações pagas por essas empresas (de R$ 108,7 bilhões para 103,2 bilhões entre 2012 e 2014) e no salário médio mensal absoluto pago por essas empresas (de 2,9 para 2,7 entre 2012 e 2014).
Para Hauly, a retomada do setor depende, assim como outros segmentos da economia, do reequilíbrio das contas públicas. “A receita é uma só: ajuste fiscal, que está sendo feito, buscando a estabilidade da economia em primeiro lugar, credibilidade com a troca do governo, que já foi feita, com o novo ministro [da Fazenda, Henrique] Meirelles, com Michel Temer, fazer o conjunto das reformas e manter o ajuste fiscal sempre permanente”, salientou o deputado tucano.
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